ENTENDENDO A MEIA VIDA DAS DROGAS
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 Os esteróides anabólicos são acoplados em cadeias carbônicas denominadas ésteres, que têm como objetivo aumentar a sua meia vida. A meia vida de um esteróide refere-se ao intervalo de tempo necessário para que metade da droga seja metabolizada. Quando uma droga tem meia vida de 12 horas, isso significa que depois desse tempo a sua concentração em nosso sistema cai pela metade sendo que a quantidade restante não estará mais em condição de cumprir sua tarefa apropriadamente. Por exemplo: O decanoato de nandrolona tem uma meia vida em torno de 15 dias, pois na sua composição existe uma cadeia carbônica (éster) com 10 cabonos. A forma cipionato e enantato possui meia vida de 9 a 12 dias. O enantato é prescrito em alguns países como contraceptivo masculino, de forma que o usuário deve fazer aplicações semanais da droga para não engravidar a parceira. A forma propionato possui meia vida em torno de 4.5 dias. Já drogas como o Durateston possui uma combinação de diferentes ésteres que garantem liberação gradual e pode ficar no sistema por até 4 semanas mas sua meia vida é de aproximadamente 15 a 18 dias. Já as drogas orais possuem uma cadeia carbônica muito curta, e possui meia vida contada em horas e não em dias. Se alguém aplicar 100 mg de decanoato de nandrolona após 15 dias a concentração desta droga cairá para aproximadamente 50 mg, mais 15 dias para 25 mg e assim sucessivamente caso uma nova aplicação não seja feita. Ao planejar um ciclo, o entendimento da meia vida das drogas é fundamental, pois se não for assim o usuário poderá, dentre outros enganos, estar se mantendo no ciclo durante todo o ano salientando assim todos os possíveis efeitos colaterais. Esta informação também pode contribuir para que o ciclo planejado não tenha muita flutuação de drogas no sistema e possa ser mantida concentra- ção sanguínea mais estável.

Meia vida aproximada de alguns esteróides anabólicos injetáveis:
 Decanoato de nandrolona 15 dias
 Undecilenato de boldenone 16 dias
 Mentelona 10.5 dias
 Durateston de 15 a 18 dias (1)
 Cipionato 12 dias
 Enantato 10.5 dias
 Propionato 4.5 dias
 Testosterona aquosa 1 dia
 Stanozolol 1 dia (2) (1)

A Durateston é um composto dos seguintes ésteres com suas respectivas meias vidas aproximadas: Decanoato 15 dias
Fenilpropionato 4.5 dias
 Isocaproato 9 dias
Propionato 4.5 dias (2)

O Stanozolol possui uma meia vida atípica comparada a outras drogas injetáveis, pois seus cristais dissolvem lentamente, mas, tão logo tenham dissolvido, a concentração da droga declina rapidamente.

Meia vida aproximada de alguns esteróides anabólicos orais:
Oximetolona de 8 a 9 horas
Oxandrolona 9 horas
 Metandrostenolona de 4.5 a 6 horas

Stanozolol oral ou injetável administrado oralmente 9 horas (ler Dicionário do Mal) Meia vida aproximada de algumas drogas não esteróides anabólicos:
Cloridrato de clembuterol 1.5 dias
Citrato de clomifeno 5 dias
Aminoglutademida 6 horas
Efedrina 6 horas
T3 10 horas

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                                                            O MISTIFICADO GH
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 No meio médico, o GH é conhecido como somatotropina, hormônio secretado pela glândula pituitária. Este é um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo humano, tendo funções como o crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso, influencia na textura da pele, estimula a lipólise e outros efeitos. O GH não atua diretamente sobre os tecidos e, sim, por intermédio da geração de um mensageiro que age causando a proliferação de tecidos ou em conjunto com outras substâncias. Esta família de mensageiros é chamada de insulin growth factors (IGFs). A secreção normal do GH no corpo humano é estimada entre 0.4 e 1.0 miligramas (mg) por dia em homens adultos. A produção ocorre durante as 24 horas do dia e pode ser estimulada por uma variedade de condições, entre elas: exercício físico (principalmente o de alta intensidade), o sono, estresse, algumas drogas como o Glucagon, L-Dopa, Propanalol, GHB e GABA e certos aminoácidos. O GH é rapidamente metabolizado no fígado e tem uma vida ativa no sangue de aproximada de 17 a 45 minutos, mais uma razão pela qual é, quase impossível detectar o GH em exames anti-doping. No meio esportivo, o GH é conhecido como uma espécie de droga de elite pelo seu alto pre- ço, mas também é cercado de incertezas quanto ao seu elevado poder anabólico e de “fritador de gorduras”. Talvez este último seja o principal motivo de tanto interesse recente entre mulheres e homens que treinam pesado. O GH também leva a fama de ser muito efetivo no fortalecimento do tecido conjuntivo, cartilagens e tendões, sendo muito popular entre alguns atletas de esportes que exigem muito destes tecidos. Existem muitas estórias de pessoas que conseguiram montanhas de músculos e consumiram quilos de gordura às custas do GH. Tenham a certeza de que estes comentários são muito exagerados; mas como normalmente onde há fumaça há fogo, alguma verdade existe nestas inúmeras estórias. Na verdade, a ciência não tem respostas precisas sobre como certos hormônios funcionam no corpo humano. A maioria dos estudos é realizada em animais e em culturas de laboratório, portanto, inconclusivos. Alguns estudos originais sobre esteróides anabólicos são verdadeiros compêndios de bobagens. Baseados nestes primeiros estudos, muitos profissionais afirmavam, há apenas alguns anos, que estas drogas simplesmente não funcionavam para melhorar a performance atlética ou aumento da massa muscular. Fora do meio científico, há muito tempo atletas sabiam da eficiência destas drogas, mas apenas recentemente, após 30 anos de utilização, é que pesquisas confirmam que os esteróides anabólicos realmente tornam as pessoas maiores e mais fortes. Professores e doutores: sabemos que alguns de vocês perderam o trem da história e outros até caíram no chão; outros, ainda, se retrataram porque tiveram humildade para isto. É por isto que sempre recomendamos para que leiam artigos científicos atentamente, mas que observem os fatos empíricos também. A verdade de hoje pode ser a incorreção de amanhã. Pois bem, voltando ao GH, como terapia para o embelezamento e melhora na performance atlética, baseados no underground do culturismo, sabemos que esta droga, se administrada separadamente não produz efeito expressivo. Ela é utilizada, normalmente, em combinação com a insulina, e algum esteróide anabólico mais androgênico, bloqueadores de cortisol, além dos hormônios da tiróide. Hoje, em função de uma maior demanda, parece que a oferta desta droga se tornou maior, o que obviamente fez com que os preços, antes estratosféricos, baixassem substancialmente. Num passado não distante, era comum encontrar falsi- ficações, algumas grosseiras. Existiu um culturista na Inglaterra que fazia ciclos de GH totalmente de graça e ainda ganhava alguns trocos para comprar esteróides. O safado, tipo de gente que se encontra em qualquer lugar, administrava o GH e substituía o pó liofilizado por açúcar de confeiteiro e o líquido diluente por água destilada e revendia o produto por preço maior do que pagara pelo original. Existem falsificadores que substituem o liofilizado por HCG e lactose. Com a queda do preço do original, estas malandragens vêm sendo desestimuladas. O GH parece ter um efeito anabólico muito elevado apenas quando administrado em associação com outras drogas, especialmente com aquelas que tamponam a ação do cortizol. Alguns culturistas profissionais utilizam a associação do GH com os esteróides anabólicos e/ou com a aminoglutademida (Orimitene). Quando a dosagem do GH é mais elevada ou a pessoa apresenta tendência ao aumento da resistência à insulina, tende-se a aplicar insulina exógena em conjunto com o GH também. Normalmente dosagens maiores do que 4 UI por dia já requerem insulina; a utilização do hormônio da tireóide (T3) na associação parece completar a mágica. O T3 provoca diversas facilitações anabólicas como: aumento na secreção natural de GH, super regulação dos receptores de GH e IGF-1, e ação termogênica. Os desavisados talvez queiram exagerar na dose deste hormônio e poderão cair num abismo. É bom frisar que o T3 deve ser mantido em dose normal elevada e não em dose supra-fi- siológica. Um pouco a mais ou um pouco a menos pode ocasionar um profundo desequilíbrio homeostático no organismo, como aumento de gordura corporal rapidamente como ação rebote ao se descontinuar a droga, perda de massa muscular quando a dose é muito elevada, até o fechamento definitivo da produção natural de T3, tornando a pessoa dependente da droga pelo resto da vida. Só o exame laboratorial pode indicar o nível do T3: níveis até 450-480 pg/dl são aceitáveis. Assim, é possível um ótimo efeito sinergista, permitindo, ainda, ao atleta, ingerir mais calorias sem engordar, mantendo um percentual de gordura muito baixo. Vejam que o GH requer condições especiais para que faça efeitos positivos e expressivos. Doses menores parece trabalhar bem: aproximadamente 2 aplicações de 2 UI quatro dias na semana ,ou mesmo, doses de 2 UI cinco vezes por semana. Dosagens maiores parecem trabalhar melhor. Muitos profissionais em off season utilizam cerca de 2 X 3 UI (6 UI por dia) a 5 X 2 UI (10 UI por dia) durante 5 dias seguidos e 10 dias de intervalo. Normalmente nos dias de aplicação do GH utilizam cerca de 15 a 8 UI de insulina 15 minutos antes da aplicação do GH e cerca de 50 a 75 mcg de T3, obviamente acompanhado do ciclo de esteróides. (A insulina pode matar e o T3 pode torná-lo eternamente dependente da droga!!!) Um determinado Mister Olympia me confessou que utilizava uma única aplicação de GH por semana pois, segundo ele, após ter usado muito GH de forma convencional, provavelmente teria ocorrido em seu organismo tamanha super-regulação de receptores que uma única dose por semana já faria o milagre. Ele parecia sério a este respeito, o que somado à sua massa muscular, me levou a pensar. A mesma recomendação foi passada a um jovem culturista profissional, que em pouco tempo de carreira, se qualificou para o Olympia. Vejam que nestas informações do underground não existe quase nada de científico; talvez a dosagem única semanal tenha sido baseada em algumas propostas de tratamento contra o envelhecimento aplicado em geriatria, ou foi apenas em decorrência dos processos de tentativa e erro. En- fim, quem irá tentar? A responsabilidade deve ser individual e não coletiva; o que não podemos é ser tratados como eternos adolescentes oligofrênicos a quem nada pode ser revelado ou comentado. Sabe-se, nos bastidores da musculação, que se deve parar com a administração do GH de 3 a 4 dias antes da competição, pois este hormônio tende a reter líquido. Deve-se evitar a aplicação do GH nos horários em que ocorrem picos naturais, ou seja, de manhã cedo ao acordar, logo antes de dormir, ao contrá- rio do que muita gente pensa, e logo após o treino. Os melhores horários, normalmente coincidem com o meio do período da manhã, meio do período da tarde e uma hora após o treino. Observem que o GH é contra regulatório à insulina; ou seja, quando a insulina está baixa, o GH está elevado e vise-versa. Em hipoglicemia produzimos mais GH, mas quando a insulina está em alta, como logo após uma refeição, o GH estará baixo, ou seja, é uma boa hora para administrá-lo. Veja porque a insulina é utilizada quando se faz muito GH. Mulheres reagem bem com a metade da dosagem de GH, tal como acontece com os esteróides anabólicos? O GH pode apresentar alguns efeitos colaterais que podem colocar a vida em risco. Mesmo após a fase do crescimento, este hormônio pode fazer crescer alguns ossos mais planos que ainda apresentam resquícios de tecido cartilaginoso, como os ossos frontais, a mandíbula e as falanges. O crescimento ósseo e espessamento do tecido conjuntivo pode provocar a Síndrome do Túnel de Carpo. Existe, também, a associação de GH com a ocorrência de certos tipos de câncer. Como o GH causa resistência à insulina, também pode causar hipoglicemia e diabetes. De novo, por isto normalmente é utilizado com aplicações simultâneas de insulina, principalmente quando a dosagem é mais elevada. Tecidos vitais como o fígado, baço e coração também aumentam de tamanho, já que o hormônio age também na musculatura lisa, com exceção dos olhos e cé- rebro. Alguns fisiculturistas profissionais parecem estar grávidos, tamanha a protusão abdominal causada pelo óbvio abuso do GH. Imaginem se, além disso ficassem, zolhudos e cabeçudos ? Como podemos observar, o GH é um hormônio que necessita de muitos cuidados na sua administração em função de sua complexidade, sendo que, mesmo no underground da muscula- ção profissional existem diferentes sugestões nas formas de administração. Talvez o grande segredo esteja na correta associação e isto é algo muito individual em termos de dosagem e escolha das drogas. Acreditamos, que nesta altura do campeonato, já alertamos o suficiente quanto ao problema ocasionado pela auto-medicação. Mas vale a pena lembrar que drogas farmacológicas só devem ser dosadas e prescritas por médicos especialistas. O nosso objetivo é apenas informativo e jamais induzir à utilização de medicamentos.


                                                                     INSULINA

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insulina é um hormônio produzido no pâncreas, sendo o hormônio regulador do metabolismo energético mais importante do organismo. Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e o crescimento celular. A insulina transporta prote- ínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para várias células do corpo. Em termos simples, quando tomamos um copo de suco de laranja, este suco é processado pelo seu sistema digestivo e transformado de frutose em uma forma de açúcar simples denominado de glicose. O aumento da concentração de glucose no sangue provoca a secreção da insulina perfundida em 30-50 segundos. Não é só a ingestão de açucares que provoca a liberação de insulina, como muitos ainda pensam; os aminoácidos provenientes da ingestão de proteínas também acionam a insulina, mas em quantidade menor. A quantidade de insulina liberada na corrente sanguínea é proporcional à quantidade de alimento ingerido e também é relativa ao tipo de alimento que se consome. Esta resposta é plotada em um gráfico denominado índice glicêmico. Carboidratos complexos tais como a batata, arroz e macarrão têm baixo índice glicêmico, enquanto carboidratos simples como açúcar de mesa e glicose têm alto índice glicêmico. Mas afinal, depois de todo este tecnicismo, qual é a real importância deste hormônio para nos culturistas ? Ocorre que a insulina tem um efeito anabólico e anti-catabólico: anabólico porque aumenta o transporte de aminoácidos, principalmente os de cadeia ramificada (BCAA), para dentro do músculo e anti-catabólico porque previne a quebra de proteínas intramusculares. A síntese de glicogênio também depende da insulina para transportar a glicose para dentro do músculo, a fim de promover recuperação tecidual após exercício físico. Estes efeitos da insulina criam um perfeito ambiente metabólico para o crescimento e reparação tecidual. Mas ainda não é tão simples assim; ocorre que a insulina pode ser uma faca de dois gumes, ou de dois legumes, como dizem alguns culturistas mais chucros. Isto porque a insulina pode estimular o armazenamento de gordura e a produção de lipoproteína lipase (LPL), uma enzima que também trabalha no armazenamento de gordura. Quando aumentam os depósitos de gordura, tanto a insulina quanto a LPL são liberadas mais facilmente e em maior quantidade. Por outro lado, a ausência de níveis adequados de glicose no sangue promove a liberação de um outro hormônio, também produzido no pâncreas, denominado glucagon. Insulina e glucagon são denominados de hormônios contra-regulatórios, porque se opõe um ao outro. Quando a concentração de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja, quando os níveis de glicose no sangue são baixos, o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido para fornecer energia que o corpo necessita para se manter. O glucagon irá promover a degradação de glicose restante e de gordura e, como a construção de músculos é secundária, será muito difícil aumentar a sua massa muscular. Mas como controlar a insulina a meu favor ? Existem regras simples a serem seguidas para que se utilize todo o potencial da insulina como agente anabólico e anti-catabólico e evitar o arma- zenamento de gordura. a) Escolha corretamente os alimentos: consuma alimentos de baixo índice glicêmico durante o dia para manter energia constante na corrente sanguínea, evitando a oscilação de insulina, o que pode causar rompantes de fome, armazenamento de gordura e hipoglicemia. b) Como o exercício tem efeito tampão sobre a insulina, você tem a possibilidade, de durante o treino, fazer o uso de bebidas de alto índice glicêmico como o Glico Dry, Glico Gel (linha AGE), Gatorade e o Marathon. Estas bebidas normalmente, além de glucose, são enriquecidas com minerais e algumas vitaminas. Mas, se o seu orçamento estiver em baixa, um copo de água e duas colheres de chá de dextrose será o suficiente para ajudar em dia de treinamento rigoroso. c) Já que, aproximadamente, até 90 minutos após o término do treino, o corpo tem uma capacidade enorme de absorver nutrientes, é muito conveniente que se eleve os níveis de insulina para aproveitar todo o seu potencial. Desta forma, após o treino é importante que se continue a ingerir líquidos energéticos e que se realize uma refeição altamente protéica, muito baixa ou zero em gordura e rica em carboidratos. Esta fórmula é infalível para uma explosão de insulina e aproveitamento de todo o seu potencial para direcionar os aminoácidos diretamente para dentro da célula muscular. Lembre-se de que, nesta fase, a gordura também tem a sua utilização otimizada pela insulina e a LPL;, portanto não ingira gordura nesta refeição. Gorduras também são importantes para culturistas, principalmente as gorduras essenciais (EFAs), mas este assunto é melhor discutido em nutrição. Aprendemos como nos beneficiar naturalmente deste poderoso hormônio, estimulando e controlando a sua secreção na hora certa. Agora, estudaremos como determinadas substâncias podem auxiliar os culturistas a salientar os efeitos da insulina indiretamente e também com a administração de insulina injetável. A primeira substância que analisaremos é o cromo, um mineral relacionado com o metabolismo da glicose e possivelmente um co-fator da insulina. Experiências realizadas em ratos, com administração de dietas baixas em cromo, promoveram os sintomas de diabetes que desapareceram após a administração deste mineral. Estimulada por estas evidências, a indústria de suplementos para atletas passou a propagar o uso de cromo na forma picolinato, num esforço para salientar os efeitos anabólicos da insulina. Pode ser que a administração deste mineral funcione para pessoas com deficiência de cromo, mas eu particularmente não conheço nenhum estudo que comprove mudanças significativas na composição corporal de fisiculturistas que fazem uso de picolinato de cromo. Talvez valha a pena suplementar a dieta com este mineral. A próxima substância é o vanádio, mineral que entre outras atividades, exerce papel semelhante ao da insulina (insulin-like effect), proporcionando maior tolerância à glicose, influenciando o metabolismo glicolítico e lipídico, além de diminuir a concentração plasmática do colesterol. O vaná- dio na forma sulfato vem sendo administrado por culturistas com efeito melhor do que o picolinato de cromo, afirma quem já utilizou os dois complementos. O sulfato vanádio parece aumentar as reservas de glicogênio intracelular, tornando os músculos mais volumosos. Mas não é assim tão simples; tal como a insulina, este mineral parece, também, ter o poder de armazenar gordura. Desta forma, o melhor é controlar o consumo de gordura quando se administra este mineral. A dose normalmente utilzada de sulfato vaná- dio é de 30-45mg por dia, dividida em 3 ou 4 administrações diárias após as refeições, para evitar distúrbios estomacais e hipoglicemia. A superdosagem é tóxica, ocasionando distúrbios gastrointestinais e coloração verde azulada da língua. É aconselhável, ainda, que a administração deste mineral seja ciclada: 8 semanas de administração e duas semanas de intervalo. Acredito que necessitamos mais estudos científicos comparativos entre estes dois minerais. Taí uma boa idéia para tese de mestrado dos CDF’s. O último recurso que analisaremos é o uso de insulina injetável por atletas. Mas, antes de seguirmos em frente, é primordial salientar que a administração de qualquer medicamento deve ser realizada sob a supervisão de um médico especialista, o qual irá determinar as necessidades do cliente, bem como regular a dosagem e/ou interromper a administração. A auto-medicação é perigosa e em se tratando de insulina, o erro poderá ser fatal. As informações aqui contidas são baseadas no que vem sendo utilizado por atletas que normalmente têm um ótimo respaldo técnico, condições de treino excelente e rigoroso controle nutricional. Portanto, não brinque com a sua vida; este é o bem mais precioso que você possui. A insulina é um medicamento originalmente utilizado por pessoas diabéticas porque não produzem insulina em quantia adequada ou porque as suas células não reconhecem a insulina. No mundo do fisiculturismo, este hormônio está sendo utilizado por aqueles que desejam aumentar de volume muscular, bem como para definição e densidade. A insulina, como já estudamos, é poderosa como agente metabolizador protéico, mas, em contrapartida, pode estimular o armazenamento de gordura. Sendo assim, como é que poderia ser utilizada como otimizador de densidade e defini- ção, principalmente antes das competições? Explicamos já. Antes vamos estudar alguns fundamentos: Existem dois tipos básicos de insulina: 1) Insulina regular, que tem ação rápida e inicia a sua atividade logo após a administração; sua duração aproximada é de 6 horas, mas o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a aplicação. 2) Insulina lenta, que tem um tempo de ação intermediário; seu efeito inicia cerca de 1 a 3 horas após a aplicação, atingindo um efeito máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no sistema por aproximadamente 24 horas sendo que este tipo de insulina é mais imprevisível quanto ao horário de pico, podendo, ainda, ter vários por dia. Existem diferentes fontes de insulina: pode ser de fonte suína, bovina, uma mistura de ambas e humana. A insulina humana é idêntica em estrutura àquela produzida pelo nosso pâncreas e difere muito pouco das insulinas de origem animal. Mas os atletas comentam que existem diferentes rea- ções quando mudam a fonte de insulina. Todos os tipos devem ser armazenadas na geladeira, mas não congeladas e, também, precisam ser protegidas do efeito da luz. Quando em desuso por várias semanas, o frasco deve ser abandonado. A insulina vem sendo utilizada em bases regulares por atletas que desejam um benefício extra deste hormônio. Estes atletas injetam a quantidade certa na hora certa e mantém um controle nutricional rigoroso para evitar hipoglicemia severa e também armazenamento de gordura. O pâncreas naturalmente já libera insulina quando aumentam os níveis de glicose na corrente sangüínea, a fim de manter um equilíbrio glicêmico. Mas, quando a insulina extra é injetada, os níveis de açúcar podem baixar muito e ocasionar a hipoglicemia. Se um atleta desavisado fizer aplicação de insulina logo de manhã cedo e só se alimentar de carboidratos complexos, não terá glicose suficiente na corrente sangüínea na hora em que a insulina der o seu pico. Os sintomas de hipoglicemia característicos são: sudorese excessiva, fraqueza, perturbações visuais, tremores, dores de cabeça, falta de ar, náuseas, coma e a morte. Para evitar tais sintomas, parece ser conveniente o consumo de 10 gramas de carboidrato simples (glicose) para cada UI (unidade internacional) de insulina regular (lenta), administrada cerca de 30 minutos após a injeção. Se um atleta injetou 10 UI, meia hora após, ele consumiria cerca de 100 gramas de glicose. Se o atleta tiver fazendo uso de insulina lenta, deverá se alimentar rigorosamente a cada duas horas e meia com uma mistura de carboidratos para garantir o controle da hipoglicemia. Ainda assim, deve se prevenir, levando alimentos doses no bolso, tais como balas, chocolates e pastilhas de glicose em caso de hipoglicemia eminente. Lembre-se da característica imprevisível da insulina lenta. A vantagem da sua aplicação é que sempre que o atleta fizer uma refeição, lá estará a insulina para drenar glicose e os aminoácidos para dentro da célula. É óbvio que o atleta não irá ingerir apenas carboidratos; terá também, que manter uma dieta rica em proteínas para que aproveite todos os benefícios da insulina no armazenamento protéico. O consumo de gorduras saturadas tem que ser muito limitado, mas deverá ser garantindo o consumo de gorduras essenciais (EFAs) como os óleos de peixe. É conveniente lembrar que o uso de insulina é incompatível com dietas pobres em carboidratos (dieta muito preconizada recentemente para fisiculturistas) o que evidentemente ocasionaria rapidamente um quadro hipoglicêmico e muito possivelmente a morte. Um certo atleta de meu conhecimento resolveu flertar com a insulina. Apesar de estar consciente dos perigos, conhecer a correta dosagem e os mecanismos de seu funcionamento, realizou uma aplicação, numa determinada tarde de verão do tipo 40 graus. Prostrado em função da aerobiose que tinha feito no período da manhã e pelo calor do verão, resolveu esperar os 30 minutos antes da ingestão de carboidratos, que deveria seguir a aplicação da insulina, no conforto de sua cama. Cansado, caiu no sono e, quando percebeu, os sintomas de hipoglicemia, que já estavam adiantados. Começou a se debater na cama, mas não podia movimentar-se a ponto de sair do quarto e pedir socorro. Quando o pai, que estava na sala, notou uma movimentação no quarto, correu e observou o filho em péssima condição. Sem poder melhorar o seu estado, rapidamente o levou para o hospital mais próximo. Segundo narrativas, o atleta já estava em coma quando o seu parceiro de treino, notificado do fato pela mãe do atleta, correu para o hospital e esclareceu para que fosse injetada glicose, pois o atleta havia administrado insulina . Por pouco não foi a óbito. Vejam, poderia não haver ninguém na casa ou mesmo um amigo confidente que pudesse ajudar no diagnóstico e salvar uma vida. Muitos outros atletas já passaram muito mal e estiveram à beira da morte e outros, infelizmente, já se foram desta vida em função do uso de insulina. Moral da história: Mesmo conhecendo tudo sobre o mecanismo da insulina,a droga apresenta sérios riscos; o que dizer daqueles que não têm qualquer conhecimento sobre a droga !!! Mas, e o seu uso como droga pré-competição? A insulina é utilizada junto com a dieta pré- competição naquela fase em que o atleta realiza a supercompensação de carboidratos após a fase de depleção. Só para resumir: antes das competi- ções, os culturistas sérios realizam uma dieta especial, que consiste da depleção de carboidratos por alguns dias. Nestes período (de 4 a 6 dias), os atletas não consomem nenhum ou quase nenhum carboidrato, enquanto continuam a treinar a todo vapor e todo ou quase todo o glicogênio armazenado no corpo é gasto. Há 3 dias da competição, o atleta passa a ingerir generosas quantias de carboidratos. Daí, o corpo depletado de carboidratos, irá re armazená-los por um mecanismo natural de auto-proteção: irá super-compensar as células, tornando-as mais volumosas e os músculos mais aparentes. A insulina, neste caso, costuma ser utilizada com o objetivo de drenar ainda mais os carboidratos ingeridos para dentro da célula muscular. Ocorre que se o atleta, nesta fase, não consumir quantidades suficiente de carboidratos, irá competir mais parecido com um faquir indiano . Por outro lado, se consumir muito carboidrato, o excesso acabará por reter líquido subcutâneo, o que comprometerá a definição e assim o atleta poderá parecer mais com um balão inflado ou com o Fat Bastard do Austin Powers. A insulina poderá garantir que todo o carboidrato consumido seja drenado para dentro da célula, ocasionando um surpreendente efeito quanto à definição e volume muscular! Mas lembre-se a insulina, neste caso, só é utilizada na fase de supercompensação e jamais quando houver depleção de carboidratos. Dieta rigorosa e muito bem balanceada é fundamental. Não faça loucuras.

 Aminoglutademida - Orimetene ou Cytradem
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 Esta droga é utilizada como substância anticatabólica por bloquear o cortizol. É levemente anti androgênica e anti estrógena. Originalmente é uma droga destinada a pessoas que sofrem de câncer de mama e da síndrome de Cushing na qual o indivíduo acometido produz cortizol em excesso. Normalmente é utilizada durante perío- do fora de temporada alternando 30 dias de uso com 30 dias de descanço, e em fase logo antes da competição para auxiliar a manutenção da massa muscular durante dieta de definição. Como sendo um bloqueador de cortizol, não deve ser administrado initerruptamente. É demonstrado que após um curto período de utilização initerrupta o organismo reagirá a baixa produção de cortizol e irá liberar um outro hormônio ACTH (adrencorticóide) e fará com que o organismo retome a produção normal de cortizol tornando a Aminoglutademida inútil. Pode reduzir o apetite, causar depressão, dores de cabeça e queda do metabolismo. Jamais deve ser utilizado por mulheres ou com álcool. A dosagem usual é de dois tabletes de 250 mg por dia em doses divididas dois dias sim dois dias não com 12 horas de intervalo entre administração para evitar a ação do ACTH.

Citrato de tamoxifeno - Nolvadex

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 Esta droga tem como função principal o combate dos tumores de mama em homens e mulheres. Por ter ação bloqueadora de estrógenos, é usada por alguns culturistas para evitar problemas como ginecomastia, retenção hídrica e formação de tecido gorduroso específico feminino. Estes efeitos ocorrem quando os níveis de estrógenos em indivíduos do sexo masculino é muito baixo e passa a predominar os andrógenos. O Nolvadex age através do bloqueio dos citos receptores de estrógenos. É importante salientar que tem-se observado em pessoas que utilizam esta droga por prolongado período de tempo o desenvolvimento de câncer uterino e de fígado. O Nolvadex normalmente começa a ser utilizado de 2 a 4 semanas antes de se iniciar um ciclo de esteróides para criar uma base de bloqueio dos receptores de estrógenos e só se pára após 2-4 semanas da interrupção do ciclo de esteróides. A dosagem depende da intensidade dos efeitos colaterais que o atleta manifesta podendo variar de 10 mg a 40 mg por dia. Mulheres seguem as mesmas recomendações. Apresentação: Comprimidos de 10 mg ou 20 mg produzidos no Brasil pela ICI. Este é um dos medicamentos mais caros que se pode encontrar em uma farmácia exceto em sua forma genérica ou quando manipulado.
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 Cloridrato de clembuterol - Clembuterol

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 Este é um medicamento destinado a pacientes asmáticos. Clembuterol é um beta-2 agonista, sendo que a sua função é abrir áreas obstruídas e com isso facilitar a respiração. Ocorre que sempre que uma droga se afina muito com a célula receptora, esta se torna resistente quando esta é muito utilizada. Já o efeito termogênico da efedrina (anteriormente) parece ser mais longo, apesar de não ser tão potente, por duas razões: 1) efedrina não tem alta afinidade com o receptor e 2) efedrina não é um beta 2-específico. No mundo do culturismo o Clembuterol vem sendo utilizado por ter efeitos anti-catabólico além de efeito lipotrópico. O Clembuterol não elimina gordura através do mecanismo comum de aceleração do metabolismo, como a afedrina e drogas para a tiróide. De fato, o Clembuterol ativa as células gordurosas marrom. Estas células estão usualmente dormentes, mas quando ativadas queimam as células gordurosas brancas o que torna a pele mais fina e os músculos mais visíveis. Como anabólico ou anti-catabólico o Clembuterol não é tão potente como os esteróides anabólicos porém, pode aumentar significativamente a massa magra e a força em alguns atletas enquanto em outros não provoca qualquer mudança na massa magra. Parece que a droga pode promover efeito similar às inervações em fibras musculares que foram lesadas de suas inervações naturais e vem sendo utilizado em pacientes acometidos de danos neurais o que é normalmente associado com grande perda muscular, o que em parte explicaria o poder desta droga no aumento muscular em alguns. Parece que tal como acontece com relação aos esteróides anabólicos, algumas pessoas têm mais receptores sensíveis a esta droga do que outras, mas esta é uma questão genética. Uma das desvantagens do uso do Clembuterol é o maciço fechamento dos receptores mencionados anteriormente, ou seja, o Clembuterol passa a não mais promover os efeitos desejados. Isto ocorre quando o medicamento é muito utilizado. Para evitar o fechamento dos receptores procurase utilizar o Clembuterol 2 dias sim 2 dias não. Os efeitos colaterais diferem de pessoa para pessoa, sendo que o mais comum são dores de cabeça, tremores, taquicardia, e agitação. Usualmente os efeitos colaterais desaparecem duas ou três semanas de uso. A dose varia de 2 a 6 comprimidos de 0.02mg por dia; dois dias sim, dois dias não. A dosagem depende da intensidade dos efeitos colaterais e da taxa de fechamento dos citos receptores que cada indivíduo observa. Para que haja uma adaptação gradual deste químico no organismo inicia-se a administração gradualmente: Suponha que a dosagem de manutenção seja de 4 comprimidos de 0.02mg por dia. Desta forma, no Dia 1 administra-se 1 comprimido, no Dia 2 administra-se 2 comprimidos, no dia 3, 3 comprimidos e no dia 4, 4 comprimidos. Dá-se 2 dias de intervalo e prossegue o esquema de dois dias sim dois dias não. Os comprimidos costumam ser administrados um a um em horários diferentes evitando tomada antes do horário de dormir para evitar um sono conturbado e difícil e logo antes do treino para se evitar sobrecarga no coração. Mais recentemente alguns atletas vêm utilizando outro esquema para burlar o fechamento de receptores específicos ou sub-regulação administrando o clembuterol no regime de uma semana sim outra não. Na semana de não administração também não se utiliza efedrina ou nenhum outro stimulante do sistema nervoso central (SNC) tal como a cafeína por ser uma crença dar descanso completo para o SNC.
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 L-triidotironina sódica - Cynomel
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 O Cynomel é uma produção sintética do hormônio da tiróide T3. Ele é utilizado para acelerar o metabolismo e principalmente aumentar a lipólise (queima de gordura) em fase de definição. Alguns atletas testemunham ser possível ficar mais denso mesmo ingerindo mais calorias e ao mesmo tempo manter mais massa magra quando se administra o T3. Como efeito colateral mais sério, o Cynomel pode ocasionar o fechamento definitivo da produ- ção de T3, se utilizado por longo período de tempo, ocasionando assim uma doença denominada de hipotiroidismo. O Cynomel é normalmente utilizado em combinação com o Clembuterol ocasionando assim um efeito sinergista com surpreendente queima de gordura. O período de utilização desta droga ficaria entre 6 e 8 semanas para homens com dosagem diária de 25 a 50 microgramas por dia e de 4 a 6 semanas para mulheres com dosagem de 12.5 a 25 microgramas por dia para mulheres. A interrupção da utilização do Cynomel deve ser gradual e ocorrer por um período de 2 a 3 semanas para que possa se restabelecer a produção natural deste hormônio. Interrupções bruscas podem causar baixa vertiginosa no metabolismo basal provocando com isso rápido acú- mulo de gordura.

Efedrina-cafeína-aspirina
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 Esta combinação vem sendo utilizada com bons resultados por culturistas para aumentar o efeito termogênico do corpo, sendo que a combinação é utilizada na seguinte proporção 1:10:15. Ou seja, 20 mg de efedrina, 200 mg de cafeina e 300 mg de aspirina com a freqüência de três a quatro vezes por dia. A Efedrina tal como o Clem- buterol, é um medicamento destinado a pessoas asmáticas sendo derivado de uma erva denominada ephedra e um de seus efeitos é o aumento da temperatura corporal, o que pode ajudar a queimar gordura. A cafeína na proporção adequada funciona como um agente sinergista, ou seja, aumenta o efeito termogênico da efedrina enquanto a aspirina retarda ou interfere na produção de prostaglandis que dentre outras ações, reduz o efeito termogê- nico da combinação efedrina/cafeína. Dentre as contra-indicações para o uso da efedrina estão a hipertensão e doenças cardíacas. Vale mencionar que a efedrina foi banida de alguns estados norte-americanos por ter sido relacionada com alguns óbitos, provavelmente por superdosagem da substância. Em outros estados só é vendida para pessoas maiores de 18 anos.

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