insulina é um hormônio produzido no pâncreas, sendo o hormônio regulador do metabolismo energético mais importante do organismo. Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e o crescimento celular. A insulina transporta prote- ínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para várias células do corpo. Em termos simples, quando tomamos um copo de suco de laranja, este suco é processado pelo seu sistema digestivo e transformado de frutose em uma forma de açúcar simples denominado de glicose. O aumento da concentração de glucose no sangue provoca a secreção da insulina perfundida em 30-50 segundos. Não é só a ingestão de açucares que provoca a liberação de insulina, como muitos ainda pensam; os aminoácidos provenientes da ingestão de proteínas também acionam a insulina, mas em quantidade menor. A quantidade de insulina liberada na corrente sanguínea é proporcional à quantidade de alimento ingerido e também é relativa ao tipo de alimento que se consome. Esta resposta é plotada em um gráfico denominado índice glicêmico. Carboidratos complexos tais como a batata, arroz e macarrão têm baixo índice glicêmico, enquanto carboidratos simples como açúcar de mesa e glicose têm alto índice glicêmico. Mas afinal, depois de todo este tecnicismo, qual é a real importância deste hormônio para nos culturistas ? Ocorre que a insulina tem um efeito anabólico e anti-catabólico: anabólico porque aumenta o transporte de aminoácidos, principalmente os de cadeia ramificada (BCAA), para dentro do músculo e anti-catabólico porque previne a quebra de proteínas intramusculares. A síntese de glicogênio também depende da insulina para transportar a glicose para dentro do músculo, a fim de promover recuperação tecidual após exercício físico. Estes efeitos da insulina criam um perfeito ambiente metabólico para o crescimento e reparação tecidual. Mas ainda não é tão simples assim; ocorre que a insulina pode ser uma faca de dois gumes, ou de dois legumes, como dizem alguns culturistas mais chucros. Isto porque a insulina pode estimular o armazenamento de gordura e a produção de lipoproteína lipase (LPL), uma enzima que também trabalha no armazenamento de gordura. Quando aumentam os depósitos de gordura, tanto a insulina quanto a LPL são liberadas mais facilmente e em maior quantidade. Por outro lado, a ausência de níveis adequados de glicose no sangue promove a liberação de um outro hormônio, também produzido no pâncreas, denominado glucagon. Insulina e glucagon são denominados de hormônios contra-regulatórios, porque se opõe um ao outro. Quando a concentração de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja, quando os níveis de glicose no sangue são baixos, o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido para fornecer energia que o corpo necessita para se manter. O glucagon irá promover a degradação de glicose restante e de gordura e, como a construção de músculos é secundária, será muito difícil aumentar a sua massa muscular. Mas como controlar a insulina a meu favor ? Existem regras simples a serem seguidas para que se utilize todo o potencial da insulina como agente anabólico e anti-catabólico e evitar o arma- zenamento de gordura. a) Escolha corretamente os alimentos: consuma alimentos de baixo índice glicêmico durante o dia para manter energia constante na corrente sanguínea, evitando a oscilação de insulina, o que pode causar rompantes de fome, armazenamento de gordura e hipoglicemia. b) Como o exercício tem efeito tampão sobre a insulina, você tem a possibilidade, de durante o treino, fazer o uso de bebidas de alto índice glicêmico como o Glico Dry, Glico Gel (linha AGE), Gatorade e o Marathon. Estas bebidas normalmente, além de glucose, são enriquecidas com minerais e algumas vitaminas. Mas, se o seu orçamento estiver em baixa, um copo de água e duas colheres de chá de dextrose será o suficiente para ajudar em dia de treinamento rigoroso. c) Já que, aproximadamente, até 90 minutos após o término do treino, o corpo tem uma capacidade enorme de absorver nutrientes, é muito conveniente que se eleve os níveis de insulina para aproveitar todo o seu potencial. Desta forma, após o treino é importante que se continue a ingerir líquidos energéticos e que se realize uma refeição altamente protéica, muito baixa ou zero em gordura e rica em carboidratos. Esta fórmula é infalível para uma explosão de insulina e aproveitamento de todo o seu potencial para direcionar os aminoácidos diretamente para dentro da célula muscular. Lembre-se de que, nesta fase, a gordura também tem a sua utilização otimizada pela insulina e a LPL;, portanto não ingira gordura nesta refeição. Gorduras também são importantes para culturistas, principalmente as gorduras essenciais (EFAs), mas este assunto é melhor discutido em nutrição. Aprendemos como nos beneficiar naturalmente deste poderoso hormônio, estimulando e controlando a sua secreção na hora certa. Agora, estudaremos como determinadas substâncias podem auxiliar os culturistas a salientar os efeitos da insulina indiretamente e também com a administração de insulina injetável. A primeira substância que analisaremos é o cromo, um mineral relacionado com o metabolismo da glicose e possivelmente um co-fator da insulina. Experiências realizadas em ratos, com administração de dietas baixas em cromo, promoveram os sintomas de diabetes que desapareceram após a administração deste mineral. Estimulada por estas evidências, a indústria de suplementos para atletas passou a propagar o uso de cromo na forma picolinato, num esforço para salientar os efeitos anabólicos da insulina. Pode ser que a administração deste mineral funcione para pessoas com deficiência de cromo, mas eu particularmente não conheço nenhum estudo que comprove mudanças significativas na composição corporal de fisiculturistas que fazem uso de picolinato de cromo. Talvez valha a pena suplementar a dieta com este mineral. A próxima substância é o vanádio, mineral que entre outras atividades, exerce papel semelhante ao da insulina (insulin-like effect), proporcionando maior tolerância à glicose, influenciando o metabolismo glicolítico e lipídico, além de diminuir a concentração plasmática do colesterol. O vaná- dio na forma sulfato vem sendo administrado por culturistas com efeito melhor do que o picolinato de cromo, afirma quem já utilizou os dois complementos. O sulfato vanádio parece aumentar as reservas de glicogênio intracelular, tornando os músculos mais volumosos. Mas não é assim tão simples; tal como a insulina, este mineral parece, também, ter o poder de armazenar gordura. Desta forma, o melhor é controlar o consumo de gordura quando se administra este mineral. A dose normalmente utilzada de sulfato vaná- dio é de 30-45mg por dia, dividida em 3 ou 4 administrações diárias após as refeições, para evitar distúrbios estomacais e hipoglicemia. A superdosagem é tóxica, ocasionando distúrbios gastrointestinais e coloração verde azulada da língua. É aconselhável, ainda, que a administração deste mineral seja ciclada: 8 semanas de administração e duas semanas de intervalo. Acredito que necessitamos mais estudos científicos comparativos entre estes dois minerais. Taí uma boa idéia para tese de mestrado dos CDF’s. O último recurso que analisaremos é o uso de insulina injetável por atletas. Mas, antes de seguirmos em frente, é primordial salientar que a administração de qualquer medicamento deve ser realizada sob a supervisão de um médico especialista, o qual irá determinar as necessidades do cliente, bem como regular a dosagem e/ou interromper a administração. A auto-medicação é perigosa e em se tratando de insulina, o erro poderá ser fatal. As informações aqui contidas são baseadas no que vem sendo utilizado por atletas que normalmente têm um ótimo respaldo técnico, condições de treino excelente e rigoroso controle nutricional. Portanto, não brinque com a sua vida; este é o bem mais precioso que você possui. A insulina é um medicamento originalmente utilizado por pessoas diabéticas porque não produzem insulina em quantia adequada ou porque as suas células não reconhecem a insulina. No mundo do fisiculturismo, este hormônio está sendo utilizado por aqueles que desejam aumentar de volume muscular, bem como para definição e densidade. A insulina, como já estudamos, é poderosa como agente metabolizador protéico, mas, em contrapartida, pode estimular o armazenamento de gordura. Sendo assim, como é que poderia ser utilizada como otimizador de densidade e defini- ção, principalmente antes das competições? Explicamos já. Antes vamos estudar alguns fundamentos: Existem dois tipos básicos de insulina: 1) Insulina regular, que tem ação rápida e inicia a sua atividade logo após a administração; sua duração aproximada é de 6 horas, mas o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a aplicação. 2) Insulina lenta, que tem um tempo de ação intermediário; seu efeito inicia cerca de 1 a 3 horas após a aplicação, atingindo um efeito máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no sistema por aproximadamente 24 horas sendo que este tipo de insulina é mais imprevisível quanto ao horário de pico, podendo, ainda, ter vários por dia. Existem diferentes fontes de insulina: pode ser de fonte suína, bovina, uma mistura de ambas e humana. A insulina humana é idêntica em estrutura àquela produzida pelo nosso pâncreas e difere muito pouco das insulinas de origem animal. Mas os atletas comentam que existem diferentes rea- ções quando mudam a fonte de insulina. Todos os tipos devem ser armazenadas na geladeira, mas não congeladas e, também, precisam ser protegidas do efeito da luz. Quando em desuso por várias semanas, o frasco deve ser abandonado. A insulina vem sendo utilizada em bases regulares por atletas que desejam um benefício extra deste hormônio. Estes atletas injetam a quantidade certa na hora certa e mantém um controle nutricional rigoroso para evitar hipoglicemia severa e também armazenamento de gordura. O pâncreas naturalmente já libera insulina quando aumentam os níveis de glicose na corrente sangüínea, a fim de manter um equilíbrio glicêmico. Mas, quando a insulina extra é injetada, os níveis de açúcar podem baixar muito e ocasionar a hipoglicemia. Se um atleta desavisado fizer aplicação de insulina logo de manhã cedo e só se alimentar de carboidratos complexos, não terá glicose suficiente na corrente sangüínea na hora em que a insulina der o seu pico. Os sintomas de hipoglicemia característicos são: sudorese excessiva, fraqueza, perturbações visuais, tremores, dores de cabeça, falta de ar, náuseas, coma e a morte. Para evitar tais sintomas, parece ser conveniente o consumo de 10 gramas de carboidrato simples (glicose) para cada UI (unidade internacional) de insulina regular (lenta), administrada cerca de 30 minutos após a injeção. Se um atleta injetou 10 UI, meia hora após, ele consumiria cerca de 100 gramas de glicose. Se o atleta tiver fazendo uso de insulina lenta, deverá se alimentar rigorosamente a cada duas horas e meia com uma mistura de carboidratos para garantir o controle da hipoglicemia. Ainda assim, deve se prevenir, levando alimentos doses no bolso, tais como balas, chocolates e pastilhas de glicose em caso de hipoglicemia eminente. Lembre-se da característica imprevisível da insulina lenta. A vantagem da sua aplicação é que sempre que o atleta fizer uma refeição, lá estará a insulina para drenar glicose e os aminoácidos para dentro da célula. É óbvio que o atleta não irá ingerir apenas carboidratos; terá também, que manter uma dieta rica em proteínas para que aproveite todos os benefícios da insulina no armazenamento protéico. O consumo de gorduras saturadas tem que ser muito limitado, mas deverá ser garantindo o consumo de gorduras essenciais (EFAs) como os óleos de peixe. É conveniente lembrar que o uso de insulina é incompatível com dietas pobres em carboidratos (dieta muito preconizada recentemente para fisiculturistas) o que evidentemente ocasionaria rapidamente um quadro hipoglicêmico e muito possivelmente a morte. Um certo atleta de meu conhecimento resolveu flertar com a insulina. Apesar de estar consciente dos perigos, conhecer a correta dosagem e os mecanismos de seu funcionamento, realizou uma aplicação, numa determinada tarde de verão do tipo 40 graus. Prostrado em função da aerobiose que tinha feito no período da manhã e pelo calor do verão, resolveu esperar os 30 minutos antes da ingestão de carboidratos, que deveria seguir a aplicação da insulina, no conforto de sua cama. Cansado, caiu no sono e, quando percebeu, os sintomas de hipoglicemia, que já estavam adiantados. Começou a se debater na cama, mas não podia movimentar-se a ponto de sair do quarto e pedir socorro. Quando o pai, que estava na sala, notou uma movimentação no quarto, correu e observou o filho em péssima condição. Sem poder melhorar o seu estado, rapidamente o levou para o hospital mais próximo. Segundo narrativas, o atleta já estava em coma quando o seu parceiro de treino, notificado do fato pela mãe do atleta, correu para o hospital e esclareceu para que fosse injetada glicose, pois o atleta havia administrado insulina . Por pouco não foi a óbito. Vejam, poderia não haver ninguém na casa ou mesmo um amigo confidente que pudesse ajudar no diagnóstico e salvar uma vida. Muitos outros atletas já passaram muito mal e estiveram à beira da morte e outros, infelizmente, já se foram desta vida em função do uso de insulina. Moral da história: Mesmo conhecendo tudo sobre o mecanismo da insulina,a droga apresenta sérios riscos; o que dizer daqueles que não têm qualquer conhecimento sobre a droga !!! Mas, e o seu uso como droga pré-competição? A insulina é utilizada junto com a dieta pré- competição naquela fase em que o atleta realiza a supercompensação de carboidratos após a fase de depleção. Só para resumir: antes das competi- ções, os culturistas sérios realizam uma dieta especial, que consiste da depleção de carboidratos por alguns dias. Nestes período (de 4 a 6 dias), os atletas não consomem nenhum ou quase nenhum carboidrato, enquanto continuam a treinar a todo vapor e todo ou quase todo o glicogênio armazenado no corpo é gasto. Há 3 dias da competição, o atleta passa a ingerir generosas quantias de carboidratos. Daí, o corpo depletado de carboidratos, irá re armazená-los por um mecanismo natural de auto-proteção: irá super-compensar as células, tornando-as mais volumosas e os músculos mais aparentes. A insulina, neste caso, costuma ser utilizada com o objetivo de drenar ainda mais os carboidratos ingeridos para dentro da célula muscular. Ocorre que se o atleta, nesta fase, não consumir quantidades suficiente de carboidratos, irá competir mais parecido com um faquir indiano . Por outro lado, se consumir muito carboidrato, o excesso acabará por reter líquido subcutâneo, o que comprometerá a definição e assim o atleta poderá parecer mais com um balão inflado ou com o Fat Bastard do Austin Powers. A insulina poderá garantir que todo o carboidrato consumido seja drenado para dentro da célula, ocasionando um surpreendente efeito quanto à definição e volume muscular! Mas lembre-se a insulina, neste caso, só é utilizada na fase de supercompensação e jamais quando houver depleção de carboidratos. Dieta rigorosa e muito bem balanceada é fundamental. Não faça loucuras.
INSULINA
insulina é um hormônio produzido no pâncreas, sendo o hormônio regulador do metabolismo energético mais importante do organismo. Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e o crescimento celular. A insulina transporta prote- ínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para várias células do corpo. Em termos simples, quando tomamos um copo de suco de laranja, este suco é processado pelo seu sistema digestivo e transformado de frutose em uma forma de açúcar simples denominado de glicose. O aumento da concentração de glucose no sangue provoca a secreção da insulina perfundida em 30-50 segundos. Não é só a ingestão de açucares que provoca a liberação de insulina, como muitos ainda pensam; os aminoácidos provenientes da ingestão de proteínas também acionam a insulina, mas em quantidade menor. A quantidade de insulina liberada na corrente sanguínea é proporcional à quantidade de alimento ingerido e também é relativa ao tipo de alimento que se consome. Esta resposta é plotada em um gráfico denominado índice glicêmico. Carboidratos complexos tais como a batata, arroz e macarrão têm baixo índice glicêmico, enquanto carboidratos simples como açúcar de mesa e glicose têm alto índice glicêmico. Mas afinal, depois de todo este tecnicismo, qual é a real importância deste hormônio para nos culturistas ? Ocorre que a insulina tem um efeito anabólico e anti-catabólico: anabólico porque aumenta o transporte de aminoácidos, principalmente os de cadeia ramificada (BCAA), para dentro do músculo e anti-catabólico porque previne a quebra de proteínas intramusculares. A síntese de glicogênio também depende da insulina para transportar a glicose para dentro do músculo, a fim de promover recuperação tecidual após exercício físico. Estes efeitos da insulina criam um perfeito ambiente metabólico para o crescimento e reparação tecidual. Mas ainda não é tão simples assim; ocorre que a insulina pode ser uma faca de dois gumes, ou de dois legumes, como dizem alguns culturistas mais chucros. Isto porque a insulina pode estimular o armazenamento de gordura e a produção de lipoproteína lipase (LPL), uma enzima que também trabalha no armazenamento de gordura. Quando aumentam os depósitos de gordura, tanto a insulina quanto a LPL são liberadas mais facilmente e em maior quantidade. Por outro lado, a ausência de níveis adequados de glicose no sangue promove a liberação de um outro hormônio, também produzido no pâncreas, denominado glucagon. Insulina e glucagon são denominados de hormônios contra-regulatórios, porque se opõe um ao outro. Quando a concentração de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja, quando os níveis de glicose no sangue são baixos, o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido para fornecer energia que o corpo necessita para se manter. O glucagon irá promover a degradação de glicose restante e de gordura e, como a construção de músculos é secundária, será muito difícil aumentar a sua massa muscular. Mas como controlar a insulina a meu favor ? Existem regras simples a serem seguidas para que se utilize todo o potencial da insulina como agente anabólico e anti-catabólico e evitar o arma- zenamento de gordura. a) Escolha corretamente os alimentos: consuma alimentos de baixo índice glicêmico durante o dia para manter energia constante na corrente sanguínea, evitando a oscilação de insulina, o que pode causar rompantes de fome, armazenamento de gordura e hipoglicemia. b) Como o exercício tem efeito tampão sobre a insulina, você tem a possibilidade, de durante o treino, fazer o uso de bebidas de alto índice glicêmico como o Glico Dry, Glico Gel (linha AGE), Gatorade e o Marathon. Estas bebidas normalmente, além de glucose, são enriquecidas com minerais e algumas vitaminas. Mas, se o seu orçamento estiver em baixa, um copo de água e duas colheres de chá de dextrose será o suficiente para ajudar em dia de treinamento rigoroso. c) Já que, aproximadamente, até 90 minutos após o término do treino, o corpo tem uma capacidade enorme de absorver nutrientes, é muito conveniente que se eleve os níveis de insulina para aproveitar todo o seu potencial. Desta forma, após o treino é importante que se continue a ingerir líquidos energéticos e que se realize uma refeição altamente protéica, muito baixa ou zero em gordura e rica em carboidratos. Esta fórmula é infalível para uma explosão de insulina e aproveitamento de todo o seu potencial para direcionar os aminoácidos diretamente para dentro da célula muscular. Lembre-se de que, nesta fase, a gordura também tem a sua utilização otimizada pela insulina e a LPL;, portanto não ingira gordura nesta refeição. Gorduras também são importantes para culturistas, principalmente as gorduras essenciais (EFAs), mas este assunto é melhor discutido em nutrição. Aprendemos como nos beneficiar naturalmente deste poderoso hormônio, estimulando e controlando a sua secreção na hora certa. Agora, estudaremos como determinadas substâncias podem auxiliar os culturistas a salientar os efeitos da insulina indiretamente e também com a administração de insulina injetável. A primeira substância que analisaremos é o cromo, um mineral relacionado com o metabolismo da glicose e possivelmente um co-fator da insulina. Experiências realizadas em ratos, com administração de dietas baixas em cromo, promoveram os sintomas de diabetes que desapareceram após a administração deste mineral. Estimulada por estas evidências, a indústria de suplementos para atletas passou a propagar o uso de cromo na forma picolinato, num esforço para salientar os efeitos anabólicos da insulina. Pode ser que a administração deste mineral funcione para pessoas com deficiência de cromo, mas eu particularmente não conheço nenhum estudo que comprove mudanças significativas na composição corporal de fisiculturistas que fazem uso de picolinato de cromo. Talvez valha a pena suplementar a dieta com este mineral. A próxima substância é o vanádio, mineral que entre outras atividades, exerce papel semelhante ao da insulina (insulin-like effect), proporcionando maior tolerância à glicose, influenciando o metabolismo glicolítico e lipídico, além de diminuir a concentração plasmática do colesterol. O vaná- dio na forma sulfato vem sendo administrado por culturistas com efeito melhor do que o picolinato de cromo, afirma quem já utilizou os dois complementos. O sulfato vanádio parece aumentar as reservas de glicogênio intracelular, tornando os músculos mais volumosos. Mas não é assim tão simples; tal como a insulina, este mineral parece, também, ter o poder de armazenar gordura. Desta forma, o melhor é controlar o consumo de gordura quando se administra este mineral. A dose normalmente utilzada de sulfato vaná- dio é de 30-45mg por dia, dividida em 3 ou 4 administrações diárias após as refeições, para evitar distúrbios estomacais e hipoglicemia. A superdosagem é tóxica, ocasionando distúrbios gastrointestinais e coloração verde azulada da língua. É aconselhável, ainda, que a administração deste mineral seja ciclada: 8 semanas de administração e duas semanas de intervalo. Acredito que necessitamos mais estudos científicos comparativos entre estes dois minerais. Taí uma boa idéia para tese de mestrado dos CDF’s. O último recurso que analisaremos é o uso de insulina injetável por atletas. Mas, antes de seguirmos em frente, é primordial salientar que a administração de qualquer medicamento deve ser realizada sob a supervisão de um médico especialista, o qual irá determinar as necessidades do cliente, bem como regular a dosagem e/ou interromper a administração. A auto-medicação é perigosa e em se tratando de insulina, o erro poderá ser fatal. As informações aqui contidas são baseadas no que vem sendo utilizado por atletas que normalmente têm um ótimo respaldo técnico, condições de treino excelente e rigoroso controle nutricional. Portanto, não brinque com a sua vida; este é o bem mais precioso que você possui. A insulina é um medicamento originalmente utilizado por pessoas diabéticas porque não produzem insulina em quantia adequada ou porque as suas células não reconhecem a insulina. No mundo do fisiculturismo, este hormônio está sendo utilizado por aqueles que desejam aumentar de volume muscular, bem como para definição e densidade. A insulina, como já estudamos, é poderosa como agente metabolizador protéico, mas, em contrapartida, pode estimular o armazenamento de gordura. Sendo assim, como é que poderia ser utilizada como otimizador de densidade e defini- ção, principalmente antes das competições? Explicamos já. Antes vamos estudar alguns fundamentos: Existem dois tipos básicos de insulina: 1) Insulina regular, que tem ação rápida e inicia a sua atividade logo após a administração; sua duração aproximada é de 6 horas, mas o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a aplicação. 2) Insulina lenta, que tem um tempo de ação intermediário; seu efeito inicia cerca de 1 a 3 horas após a aplicação, atingindo um efeito máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no sistema por aproximadamente 24 horas sendo que este tipo de insulina é mais imprevisível quanto ao horário de pico, podendo, ainda, ter vários por dia. Existem diferentes fontes de insulina: pode ser de fonte suína, bovina, uma mistura de ambas e humana. A insulina humana é idêntica em estrutura àquela produzida pelo nosso pâncreas e difere muito pouco das insulinas de origem animal. Mas os atletas comentam que existem diferentes rea- ções quando mudam a fonte de insulina. Todos os tipos devem ser armazenadas na geladeira, mas não congeladas e, também, precisam ser protegidas do efeito da luz. Quando em desuso por várias semanas, o frasco deve ser abandonado. A insulina vem sendo utilizada em bases regulares por atletas que desejam um benefício extra deste hormônio. Estes atletas injetam a quantidade certa na hora certa e mantém um controle nutricional rigoroso para evitar hipoglicemia severa e também armazenamento de gordura. O pâncreas naturalmente já libera insulina quando aumentam os níveis de glicose na corrente sangüínea, a fim de manter um equilíbrio glicêmico. Mas, quando a insulina extra é injetada, os níveis de açúcar podem baixar muito e ocasionar a hipoglicemia. Se um atleta desavisado fizer aplicação de insulina logo de manhã cedo e só se alimentar de carboidratos complexos, não terá glicose suficiente na corrente sangüínea na hora em que a insulina der o seu pico. Os sintomas de hipoglicemia característicos são: sudorese excessiva, fraqueza, perturbações visuais, tremores, dores de cabeça, falta de ar, náuseas, coma e a morte. Para evitar tais sintomas, parece ser conveniente o consumo de 10 gramas de carboidrato simples (glicose) para cada UI (unidade internacional) de insulina regular (lenta), administrada cerca de 30 minutos após a injeção. Se um atleta injetou 10 UI, meia hora após, ele consumiria cerca de 100 gramas de glicose. Se o atleta tiver fazendo uso de insulina lenta, deverá se alimentar rigorosamente a cada duas horas e meia com uma mistura de carboidratos para garantir o controle da hipoglicemia. Ainda assim, deve se prevenir, levando alimentos doses no bolso, tais como balas, chocolates e pastilhas de glicose em caso de hipoglicemia eminente. Lembre-se da característica imprevisível da insulina lenta. A vantagem da sua aplicação é que sempre que o atleta fizer uma refeição, lá estará a insulina para drenar glicose e os aminoácidos para dentro da célula. É óbvio que o atleta não irá ingerir apenas carboidratos; terá também, que manter uma dieta rica em proteínas para que aproveite todos os benefícios da insulina no armazenamento protéico. O consumo de gorduras saturadas tem que ser muito limitado, mas deverá ser garantindo o consumo de gorduras essenciais (EFAs) como os óleos de peixe. É conveniente lembrar que o uso de insulina é incompatível com dietas pobres em carboidratos (dieta muito preconizada recentemente para fisiculturistas) o que evidentemente ocasionaria rapidamente um quadro hipoglicêmico e muito possivelmente a morte. Um certo atleta de meu conhecimento resolveu flertar com a insulina. Apesar de estar consciente dos perigos, conhecer a correta dosagem e os mecanismos de seu funcionamento, realizou uma aplicação, numa determinada tarde de verão do tipo 40 graus. Prostrado em função da aerobiose que tinha feito no período da manhã e pelo calor do verão, resolveu esperar os 30 minutos antes da ingestão de carboidratos, que deveria seguir a aplicação da insulina, no conforto de sua cama. Cansado, caiu no sono e, quando percebeu, os sintomas de hipoglicemia, que já estavam adiantados. Começou a se debater na cama, mas não podia movimentar-se a ponto de sair do quarto e pedir socorro. Quando o pai, que estava na sala, notou uma movimentação no quarto, correu e observou o filho em péssima condição. Sem poder melhorar o seu estado, rapidamente o levou para o hospital mais próximo. Segundo narrativas, o atleta já estava em coma quando o seu parceiro de treino, notificado do fato pela mãe do atleta, correu para o hospital e esclareceu para que fosse injetada glicose, pois o atleta havia administrado insulina . Por pouco não foi a óbito. Vejam, poderia não haver ninguém na casa ou mesmo um amigo confidente que pudesse ajudar no diagnóstico e salvar uma vida. Muitos outros atletas já passaram muito mal e estiveram à beira da morte e outros, infelizmente, já se foram desta vida em função do uso de insulina. Moral da história: Mesmo conhecendo tudo sobre o mecanismo da insulina,a droga apresenta sérios riscos; o que dizer daqueles que não têm qualquer conhecimento sobre a droga !!! Mas, e o seu uso como droga pré-competição? A insulina é utilizada junto com a dieta pré- competição naquela fase em que o atleta realiza a supercompensação de carboidratos após a fase de depleção. Só para resumir: antes das competi- ções, os culturistas sérios realizam uma dieta especial, que consiste da depleção de carboidratos por alguns dias. Nestes período (de 4 a 6 dias), os atletas não consomem nenhum ou quase nenhum carboidrato, enquanto continuam a treinar a todo vapor e todo ou quase todo o glicogênio armazenado no corpo é gasto. Há 3 dias da competição, o atleta passa a ingerir generosas quantias de carboidratos. Daí, o corpo depletado de carboidratos, irá re armazená-los por um mecanismo natural de auto-proteção: irá super-compensar as células, tornando-as mais volumosas e os músculos mais aparentes. A insulina, neste caso, costuma ser utilizada com o objetivo de drenar ainda mais os carboidratos ingeridos para dentro da célula muscular. Ocorre que se o atleta, nesta fase, não consumir quantidades suficiente de carboidratos, irá competir mais parecido com um faquir indiano . Por outro lado, se consumir muito carboidrato, o excesso acabará por reter líquido subcutâneo, o que comprometerá a definição e assim o atleta poderá parecer mais com um balão inflado ou com o Fat Bastard do Austin Powers. A insulina poderá garantir que todo o carboidrato consumido seja drenado para dentro da célula, ocasionando um surpreendente efeito quanto à definição e volume muscular! Mas lembre-se a insulina, neste caso, só é utilizada na fase de supercompensação e jamais quando houver depleção de carboidratos. Dieta rigorosa e muito bem balanceada é fundamental. Não faça loucuras.
insulina é um hormônio produzido no pâncreas, sendo o hormônio regulador do metabolismo energético mais importante do organismo. Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e o crescimento celular. A insulina transporta prote- ínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para várias células do corpo. Em termos simples, quando tomamos um copo de suco de laranja, este suco é processado pelo seu sistema digestivo e transformado de frutose em uma forma de açúcar simples denominado de glicose. O aumento da concentração de glucose no sangue provoca a secreção da insulina perfundida em 30-50 segundos. Não é só a ingestão de açucares que provoca a liberação de insulina, como muitos ainda pensam; os aminoácidos provenientes da ingestão de proteínas também acionam a insulina, mas em quantidade menor. A quantidade de insulina liberada na corrente sanguínea é proporcional à quantidade de alimento ingerido e também é relativa ao tipo de alimento que se consome. Esta resposta é plotada em um gráfico denominado índice glicêmico. Carboidratos complexos tais como a batata, arroz e macarrão têm baixo índice glicêmico, enquanto carboidratos simples como açúcar de mesa e glicose têm alto índice glicêmico. Mas afinal, depois de todo este tecnicismo, qual é a real importância deste hormônio para nos culturistas ? Ocorre que a insulina tem um efeito anabólico e anti-catabólico: anabólico porque aumenta o transporte de aminoácidos, principalmente os de cadeia ramificada (BCAA), para dentro do músculo e anti-catabólico porque previne a quebra de proteínas intramusculares. A síntese de glicogênio também depende da insulina para transportar a glicose para dentro do músculo, a fim de promover recuperação tecidual após exercício físico. Estes efeitos da insulina criam um perfeito ambiente metabólico para o crescimento e reparação tecidual. Mas ainda não é tão simples assim; ocorre que a insulina pode ser uma faca de dois gumes, ou de dois legumes, como dizem alguns culturistas mais chucros. Isto porque a insulina pode estimular o armazenamento de gordura e a produção de lipoproteína lipase (LPL), uma enzima que também trabalha no armazenamento de gordura. Quando aumentam os depósitos de gordura, tanto a insulina quanto a LPL são liberadas mais facilmente e em maior quantidade. Por outro lado, a ausência de níveis adequados de glicose no sangue promove a liberação de um outro hormônio, também produzido no pâncreas, denominado glucagon. Insulina e glucagon são denominados de hormônios contra-regulatórios, porque se opõe um ao outro. Quando a concentração de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja, quando os níveis de glicose no sangue são baixos, o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido para fornecer energia que o corpo necessita para se manter. O glucagon irá promover a degradação de glicose restante e de gordura e, como a construção de músculos é secundária, será muito difícil aumentar a sua massa muscular. Mas como controlar a insulina a meu favor ? Existem regras simples a serem seguidas para que se utilize todo o potencial da insulina como agente anabólico e anti-catabólico e evitar o arma- zenamento de gordura. a) Escolha corretamente os alimentos: consuma alimentos de baixo índice glicêmico durante o dia para manter energia constante na corrente sanguínea, evitando a oscilação de insulina, o que pode causar rompantes de fome, armazenamento de gordura e hipoglicemia. b) Como o exercício tem efeito tampão sobre a insulina, você tem a possibilidade, de durante o treino, fazer o uso de bebidas de alto índice glicêmico como o Glico Dry, Glico Gel (linha AGE), Gatorade e o Marathon. Estas bebidas normalmente, além de glucose, são enriquecidas com minerais e algumas vitaminas. Mas, se o seu orçamento estiver em baixa, um copo de água e duas colheres de chá de dextrose será o suficiente para ajudar em dia de treinamento rigoroso. c) Já que, aproximadamente, até 90 minutos após o término do treino, o corpo tem uma capacidade enorme de absorver nutrientes, é muito conveniente que se eleve os níveis de insulina para aproveitar todo o seu potencial. Desta forma, após o treino é importante que se continue a ingerir líquidos energéticos e que se realize uma refeição altamente protéica, muito baixa ou zero em gordura e rica em carboidratos. Esta fórmula é infalível para uma explosão de insulina e aproveitamento de todo o seu potencial para direcionar os aminoácidos diretamente para dentro da célula muscular. Lembre-se de que, nesta fase, a gordura também tem a sua utilização otimizada pela insulina e a LPL;, portanto não ingira gordura nesta refeição. Gorduras também são importantes para culturistas, principalmente as gorduras essenciais (EFAs), mas este assunto é melhor discutido em nutrição. Aprendemos como nos beneficiar naturalmente deste poderoso hormônio, estimulando e controlando a sua secreção na hora certa. Agora, estudaremos como determinadas substâncias podem auxiliar os culturistas a salientar os efeitos da insulina indiretamente e também com a administração de insulina injetável. A primeira substância que analisaremos é o cromo, um mineral relacionado com o metabolismo da glicose e possivelmente um co-fator da insulina. Experiências realizadas em ratos, com administração de dietas baixas em cromo, promoveram os sintomas de diabetes que desapareceram após a administração deste mineral. Estimulada por estas evidências, a indústria de suplementos para atletas passou a propagar o uso de cromo na forma picolinato, num esforço para salientar os efeitos anabólicos da insulina. Pode ser que a administração deste mineral funcione para pessoas com deficiência de cromo, mas eu particularmente não conheço nenhum estudo que comprove mudanças significativas na composição corporal de fisiculturistas que fazem uso de picolinato de cromo. Talvez valha a pena suplementar a dieta com este mineral. A próxima substância é o vanádio, mineral que entre outras atividades, exerce papel semelhante ao da insulina (insulin-like effect), proporcionando maior tolerância à glicose, influenciando o metabolismo glicolítico e lipídico, além de diminuir a concentração plasmática do colesterol. O vaná- dio na forma sulfato vem sendo administrado por culturistas com efeito melhor do que o picolinato de cromo, afirma quem já utilizou os dois complementos. O sulfato vanádio parece aumentar as reservas de glicogênio intracelular, tornando os músculos mais volumosos. Mas não é assim tão simples; tal como a insulina, este mineral parece, também, ter o poder de armazenar gordura. Desta forma, o melhor é controlar o consumo de gordura quando se administra este mineral. A dose normalmente utilzada de sulfato vaná- dio é de 30-45mg por dia, dividida em 3 ou 4 administrações diárias após as refeições, para evitar distúrbios estomacais e hipoglicemia. A superdosagem é tóxica, ocasionando distúrbios gastrointestinais e coloração verde azulada da língua. É aconselhável, ainda, que a administração deste mineral seja ciclada: 8 semanas de administração e duas semanas de intervalo. Acredito que necessitamos mais estudos científicos comparativos entre estes dois minerais. Taí uma boa idéia para tese de mestrado dos CDF’s. O último recurso que analisaremos é o uso de insulina injetável por atletas. Mas, antes de seguirmos em frente, é primordial salientar que a administração de qualquer medicamento deve ser realizada sob a supervisão de um médico especialista, o qual irá determinar as necessidades do cliente, bem como regular a dosagem e/ou interromper a administração. A auto-medicação é perigosa e em se tratando de insulina, o erro poderá ser fatal. As informações aqui contidas são baseadas no que vem sendo utilizado por atletas que normalmente têm um ótimo respaldo técnico, condições de treino excelente e rigoroso controle nutricional. Portanto, não brinque com a sua vida; este é o bem mais precioso que você possui. A insulina é um medicamento originalmente utilizado por pessoas diabéticas porque não produzem insulina em quantia adequada ou porque as suas células não reconhecem a insulina. No mundo do fisiculturismo, este hormônio está sendo utilizado por aqueles que desejam aumentar de volume muscular, bem como para definição e densidade. A insulina, como já estudamos, é poderosa como agente metabolizador protéico, mas, em contrapartida, pode estimular o armazenamento de gordura. Sendo assim, como é que poderia ser utilizada como otimizador de densidade e defini- ção, principalmente antes das competições? Explicamos já. Antes vamos estudar alguns fundamentos: Existem dois tipos básicos de insulina: 1) Insulina regular, que tem ação rápida e inicia a sua atividade logo após a administração; sua duração aproximada é de 6 horas, mas o pico de ação fica entre 1 e 2 horas após a aplicação. 2) Insulina lenta, que tem um tempo de ação intermediário; seu efeito inicia cerca de 1 a 3 horas após a aplicação, atingindo um efeito máximo entre 6 a 12 horas. Mas pode ficar no sistema por aproximadamente 24 horas sendo que este tipo de insulina é mais imprevisível quanto ao horário de pico, podendo, ainda, ter vários por dia. Existem diferentes fontes de insulina: pode ser de fonte suína, bovina, uma mistura de ambas e humana. A insulina humana é idêntica em estrutura àquela produzida pelo nosso pâncreas e difere muito pouco das insulinas de origem animal. Mas os atletas comentam que existem diferentes rea- ções quando mudam a fonte de insulina. Todos os tipos devem ser armazenadas na geladeira, mas não congeladas e, também, precisam ser protegidas do efeito da luz. Quando em desuso por várias semanas, o frasco deve ser abandonado. A insulina vem sendo utilizada em bases regulares por atletas que desejam um benefício extra deste hormônio. Estes atletas injetam a quantidade certa na hora certa e mantém um controle nutricional rigoroso para evitar hipoglicemia severa e também armazenamento de gordura. O pâncreas naturalmente já libera insulina quando aumentam os níveis de glicose na corrente sangüínea, a fim de manter um equilíbrio glicêmico. Mas, quando a insulina extra é injetada, os níveis de açúcar podem baixar muito e ocasionar a hipoglicemia. Se um atleta desavisado fizer aplicação de insulina logo de manhã cedo e só se alimentar de carboidratos complexos, não terá glicose suficiente na corrente sangüínea na hora em que a insulina der o seu pico. Os sintomas de hipoglicemia característicos são: sudorese excessiva, fraqueza, perturbações visuais, tremores, dores de cabeça, falta de ar, náuseas, coma e a morte. Para evitar tais sintomas, parece ser conveniente o consumo de 10 gramas de carboidrato simples (glicose) para cada UI (unidade internacional) de insulina regular (lenta), administrada cerca de 30 minutos após a injeção. Se um atleta injetou 10 UI, meia hora após, ele consumiria cerca de 100 gramas de glicose. Se o atleta tiver fazendo uso de insulina lenta, deverá se alimentar rigorosamente a cada duas horas e meia com uma mistura de carboidratos para garantir o controle da hipoglicemia. Ainda assim, deve se prevenir, levando alimentos doses no bolso, tais como balas, chocolates e pastilhas de glicose em caso de hipoglicemia eminente. Lembre-se da característica imprevisível da insulina lenta. A vantagem da sua aplicação é que sempre que o atleta fizer uma refeição, lá estará a insulina para drenar glicose e os aminoácidos para dentro da célula. É óbvio que o atleta não irá ingerir apenas carboidratos; terá também, que manter uma dieta rica em proteínas para que aproveite todos os benefícios da insulina no armazenamento protéico. O consumo de gorduras saturadas tem que ser muito limitado, mas deverá ser garantindo o consumo de gorduras essenciais (EFAs) como os óleos de peixe. É conveniente lembrar que o uso de insulina é incompatível com dietas pobres em carboidratos (dieta muito preconizada recentemente para fisiculturistas) o que evidentemente ocasionaria rapidamente um quadro hipoglicêmico e muito possivelmente a morte. Um certo atleta de meu conhecimento resolveu flertar com a insulina. Apesar de estar consciente dos perigos, conhecer a correta dosagem e os mecanismos de seu funcionamento, realizou uma aplicação, numa determinada tarde de verão do tipo 40 graus. Prostrado em função da aerobiose que tinha feito no período da manhã e pelo calor do verão, resolveu esperar os 30 minutos antes da ingestão de carboidratos, que deveria seguir a aplicação da insulina, no conforto de sua cama. Cansado, caiu no sono e, quando percebeu, os sintomas de hipoglicemia, que já estavam adiantados. Começou a se debater na cama, mas não podia movimentar-se a ponto de sair do quarto e pedir socorro. Quando o pai, que estava na sala, notou uma movimentação no quarto, correu e observou o filho em péssima condição. Sem poder melhorar o seu estado, rapidamente o levou para o hospital mais próximo. Segundo narrativas, o atleta já estava em coma quando o seu parceiro de treino, notificado do fato pela mãe do atleta, correu para o hospital e esclareceu para que fosse injetada glicose, pois o atleta havia administrado insulina . Por pouco não foi a óbito. Vejam, poderia não haver ninguém na casa ou mesmo um amigo confidente que pudesse ajudar no diagnóstico e salvar uma vida. Muitos outros atletas já passaram muito mal e estiveram à beira da morte e outros, infelizmente, já se foram desta vida em função do uso de insulina. Moral da história: Mesmo conhecendo tudo sobre o mecanismo da insulina,a droga apresenta sérios riscos; o que dizer daqueles que não têm qualquer conhecimento sobre a droga !!! Mas, e o seu uso como droga pré-competição? A insulina é utilizada junto com a dieta pré- competição naquela fase em que o atleta realiza a supercompensação de carboidratos após a fase de depleção. Só para resumir: antes das competi- ções, os culturistas sérios realizam uma dieta especial, que consiste da depleção de carboidratos por alguns dias. Nestes período (de 4 a 6 dias), os atletas não consomem nenhum ou quase nenhum carboidrato, enquanto continuam a treinar a todo vapor e todo ou quase todo o glicogênio armazenado no corpo é gasto. Há 3 dias da competição, o atleta passa a ingerir generosas quantias de carboidratos. Daí, o corpo depletado de carboidratos, irá re armazená-los por um mecanismo natural de auto-proteção: irá super-compensar as células, tornando-as mais volumosas e os músculos mais aparentes. A insulina, neste caso, costuma ser utilizada com o objetivo de drenar ainda mais os carboidratos ingeridos para dentro da célula muscular. Ocorre que se o atleta, nesta fase, não consumir quantidades suficiente de carboidratos, irá competir mais parecido com um faquir indiano . Por outro lado, se consumir muito carboidrato, o excesso acabará por reter líquido subcutâneo, o que comprometerá a definição e assim o atleta poderá parecer mais com um balão inflado ou com o Fat Bastard do Austin Powers. A insulina poderá garantir que todo o carboidrato consumido seja drenado para dentro da célula, ocasionando um surpreendente efeito quanto à definição e volume muscular! Mas lembre-se a insulina, neste caso, só é utilizada na fase de supercompensação e jamais quando houver depleção de carboidratos. Dieta rigorosa e muito bem balanceada é fundamental. Não faça loucuras.
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