No meio médico, o GH é conhecido como somatotropina, hormônio secretado pela glândula pituitária. Este é um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo humano, tendo funções como o crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso, influencia na textura da pele, estimula a lipólise e outros efeitos. O GH não atua diretamente sobre os tecidos e, sim, por intermédio da geração de um mensageiro que age causando a proliferação de tecidos ou em conjunto com outras substâncias. Esta família de mensageiros é chamada de insulin growth factors (IGFs). A secreção normal do GH no corpo humano é estimada entre 0.4 e 1.0 miligramas (mg) por dia em homens adultos. A produção ocorre durante as 24 horas do dia e pode ser estimulada por uma variedade de condições, entre elas: exercício físico (principalmente o de alta intensidade), o sono, estresse, algumas drogas como o Glucagon, L-Dopa, Propanalol, GHB e GABA e certos aminoácidos. O GH é rapidamente metabolizado no fígado e tem uma vida ativa no sangue de aproximada de 17 a 45 minutos, mais uma razão pela qual é, quase impossível detectar o GH em exames anti-doping. No meio esportivo, o GH é conhecido como uma espécie de droga de elite pelo seu alto pre- ço, mas também é cercado de incertezas quanto ao seu elevado poder anabólico e de “fritador de gorduras”. Talvez este último seja o principal motivo de tanto interesse recente entre mulheres e homens que treinam pesado. O GH também leva a fama de ser muito efetivo no fortalecimento do tecido conjuntivo, cartilagens e tendões, sendo muito popular entre alguns atletas de esportes que exigem muito destes tecidos. Existem muitas estórias de pessoas que conseguiram montanhas de músculos e consumiram quilos de gordura às custas do GH. Tenham a certeza de que estes comentários são muito exagerados; mas como normalmente onde há fumaça há fogo, alguma verdade existe nestas inúmeras estórias. Na verdade, a ciência não tem respostas precisas sobre como certos hormônios funcionam no corpo humano. A maioria dos estudos é realizada em animais e em culturas de laboratório, portanto, inconclusivos. Alguns estudos originais sobre esteróides anabólicos são verdadeiros compêndios de bobagens. Baseados nestes primeiros estudos, muitos profissionais afirmavam, há apenas alguns anos, que estas drogas simplesmente não funcionavam para melhorar a performance atlética ou aumento da massa muscular. Fora do meio científico, há muito tempo atletas sabiam da eficiência destas drogas, mas apenas recentemente, após 30 anos de utilização, é que pesquisas confirmam que os esteróides anabólicos realmente tornam as pessoas maiores e mais fortes. Professores e doutores: sabemos que alguns de vocês perderam o trem da história e outros até caíram no chão; outros, ainda, se retrataram porque tiveram humildade para isto. É por isto que sempre recomendamos para que leiam artigos científicos atentamente, mas que observem os fatos empíricos também. A verdade de hoje pode ser a incorreção de amanhã. Pois bem, voltando ao GH, como terapia para o embelezamento e melhora na performance atlética, baseados no underground do culturismo, sabemos que esta droga, se administrada separadamente não produz efeito expressivo. Ela é utilizada, normalmente, em combinação com a insulina, e algum esteróide anabólico mais androgênico, bloqueadores de cortisol, além dos hormônios da tiróide. Hoje, em função de uma maior demanda, parece que a oferta desta droga se tornou maior, o que obviamente fez com que os preços, antes estratosféricos, baixassem substancialmente. Num passado não distante, era comum encontrar falsi- ficações, algumas grosseiras. Existiu um culturista na Inglaterra que fazia ciclos de GH totalmente de graça e ainda ganhava alguns trocos para comprar esteróides. O safado, tipo de gente que se encontra em qualquer lugar, administrava o GH e substituía o pó liofilizado por açúcar de confeiteiro e o líquido diluente por água destilada e revendia o produto por preço maior do que pagara pelo original. Existem falsificadores que substituem o liofilizado por HCG e lactose. Com a queda do preço do original, estas malandragens vêm sendo desestimuladas. O GH parece ter um efeito anabólico muito elevado apenas quando administrado em associação com outras drogas, especialmente com aquelas que tamponam a ação do cortizol. Alguns culturistas profissionais utilizam a associação do GH com os esteróides anabólicos e/ou com a aminoglutademida (Orimitene). Quando a dosagem do GH é mais elevada ou a pessoa apresenta tendência ao aumento da resistência à insulina, tende-se a aplicar insulina exógena em conjunto com o GH também. Normalmente dosagens maiores do que 4 UI por dia já requerem insulina; a utilização do hormônio da tireóide (T3) na associação parece completar a mágica. O T3 provoca diversas facilitações anabólicas como: aumento na secreção natural de GH, super regulação dos receptores de GH e IGF-1, e ação termogênica. Os desavisados talvez queiram exagerar na dose deste hormônio e poderão cair num abismo. É bom frisar que o T3 deve ser mantido em dose normal elevada e não em dose supra-fi- siológica. Um pouco a mais ou um pouco a menos pode ocasionar um profundo desequilíbrio homeostático no organismo, como aumento de gordura corporal rapidamente como ação rebote ao se descontinuar a droga, perda de massa muscular quando a dose é muito elevada, até o fechamento definitivo da produção natural de T3, tornando a pessoa dependente da droga pelo resto da vida. Só o exame laboratorial pode indicar o nível do T3: níveis até 450-480 pg/dl são aceitáveis. Assim, é possível um ótimo efeito sinergista, permitindo, ainda, ao atleta, ingerir mais calorias sem engordar, mantendo um percentual de gordura muito baixo. Vejam que o GH requer condições especiais para que faça efeitos positivos e expressivos. Doses menores parece trabalhar bem: aproximadamente 2 aplicações de 2 UI quatro dias na semana ,ou mesmo, doses de 2 UI cinco vezes por semana. Dosagens maiores parecem trabalhar melhor. Muitos profissionais em off season utilizam cerca de 2 X 3 UI (6 UI por dia) a 5 X 2 UI (10 UI por dia) durante 5 dias seguidos e 10 dias de intervalo. Normalmente nos dias de aplicação do GH utilizam cerca de 15 a 8 UI de insulina 15 minutos antes da aplicação do GH e cerca de 50 a 75 mcg de T3, obviamente acompanhado do ciclo de esteróides. (A insulina pode matar e o T3 pode torná-lo eternamente dependente da droga!!!) Um determinado Mister Olympia me confessou que utilizava uma única aplicação de GH por semana pois, segundo ele, após ter usado muito GH de forma convencional, provavelmente teria ocorrido em seu organismo tamanha super-regulação de receptores que uma única dose por semana já faria o milagre. Ele parecia sério a este respeito, o que somado à sua massa muscular, me levou a pensar. A mesma recomendação foi passada a um jovem culturista profissional, que em pouco tempo de carreira, se qualificou para o Olympia. Vejam que nestas informações do underground não existe quase nada de científico; talvez a dosagem única semanal tenha sido baseada em algumas propostas de tratamento contra o envelhecimento aplicado em geriatria, ou foi apenas em decorrência dos processos de tentativa e erro. En- fim, quem irá tentar? A responsabilidade deve ser individual e não coletiva; o que não podemos é ser tratados como eternos adolescentes oligofrênicos a quem nada pode ser revelado ou comentado. Sabe-se, nos bastidores da musculação, que se deve parar com a administração do GH de 3 a 4 dias antes da competição, pois este hormônio tende a reter líquido. Deve-se evitar a aplicação do GH nos horários em que ocorrem picos naturais, ou seja, de manhã cedo ao acordar, logo antes de dormir, ao contrá- rio do que muita gente pensa, e logo após o treino. Os melhores horários, normalmente coincidem com o meio do período da manhã, meio do período da tarde e uma hora após o treino. Observem que o GH é contra regulatório à insulina; ou seja, quando a insulina está baixa, o GH está elevado e vise-versa. Em hipoglicemia produzimos mais GH, mas quando a insulina está em alta, como logo após uma refeição, o GH estará baixo, ou seja, é uma boa hora para administrá-lo. Veja porque a insulina é utilizada quando se faz muito GH. Mulheres reagem bem com a metade da dosagem de GH, tal como acontece com os esteróides anabólicos? O GH pode apresentar alguns efeitos colaterais que podem colocar a vida em risco. Mesmo após a fase do crescimento, este hormônio pode fazer crescer alguns ossos mais planos que ainda apresentam resquícios de tecido cartilaginoso, como os ossos frontais, a mandíbula e as falanges. O crescimento ósseo e espessamento do tecido conjuntivo pode provocar a Síndrome do Túnel de Carpo. Existe, também, a associação de GH com a ocorrência de certos tipos de câncer. Como o GH causa resistência à insulina, também pode causar hipoglicemia e diabetes. De novo, por isto normalmente é utilizado com aplicações simultâneas de insulina, principalmente quando a dosagem é mais elevada. Tecidos vitais como o fígado, baço e coração também aumentam de tamanho, já que o hormônio age também na musculatura lisa, com exceção dos olhos e cé- rebro. Alguns fisiculturistas profissionais parecem estar grávidos, tamanha a protusão abdominal causada pelo óbvio abuso do GH. Imaginem se, além disso ficassem, zolhudos e cabeçudos ? Como podemos observar, o GH é um hormônio que necessita de muitos cuidados na sua administração em função de sua complexidade, sendo que, mesmo no underground da muscula- ção profissional existem diferentes sugestões nas formas de administração. Talvez o grande segredo esteja na correta associação e isto é algo muito individual em termos de dosagem e escolha das drogas. Acreditamos, que nesta altura do campeonato, já alertamos o suficiente quanto ao problema ocasionado pela auto-medicação. Mas vale a pena lembrar que drogas farmacológicas só devem ser dosadas e prescritas por médicos especialistas. O nosso objetivo é apenas informativo e jamais induzir à utilização de medicamentos.
O MISTIFICADO GH
No meio médico, o GH é conhecido como somatotropina, hormônio secretado pela glândula pituitária. Este é um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo humano, tendo funções como o crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso, influencia na textura da pele, estimula a lipólise e outros efeitos. O GH não atua diretamente sobre os tecidos e, sim, por intermédio da geração de um mensageiro que age causando a proliferação de tecidos ou em conjunto com outras substâncias. Esta família de mensageiros é chamada de insulin growth factors (IGFs). A secreção normal do GH no corpo humano é estimada entre 0.4 e 1.0 miligramas (mg) por dia em homens adultos. A produção ocorre durante as 24 horas do dia e pode ser estimulada por uma variedade de condições, entre elas: exercício físico (principalmente o de alta intensidade), o sono, estresse, algumas drogas como o Glucagon, L-Dopa, Propanalol, GHB e GABA e certos aminoácidos. O GH é rapidamente metabolizado no fígado e tem uma vida ativa no sangue de aproximada de 17 a 45 minutos, mais uma razão pela qual é, quase impossível detectar o GH em exames anti-doping. No meio esportivo, o GH é conhecido como uma espécie de droga de elite pelo seu alto pre- ço, mas também é cercado de incertezas quanto ao seu elevado poder anabólico e de “fritador de gorduras”. Talvez este último seja o principal motivo de tanto interesse recente entre mulheres e homens que treinam pesado. O GH também leva a fama de ser muito efetivo no fortalecimento do tecido conjuntivo, cartilagens e tendões, sendo muito popular entre alguns atletas de esportes que exigem muito destes tecidos. Existem muitas estórias de pessoas que conseguiram montanhas de músculos e consumiram quilos de gordura às custas do GH. Tenham a certeza de que estes comentários são muito exagerados; mas como normalmente onde há fumaça há fogo, alguma verdade existe nestas inúmeras estórias. Na verdade, a ciência não tem respostas precisas sobre como certos hormônios funcionam no corpo humano. A maioria dos estudos é realizada em animais e em culturas de laboratório, portanto, inconclusivos. Alguns estudos originais sobre esteróides anabólicos são verdadeiros compêndios de bobagens. Baseados nestes primeiros estudos, muitos profissionais afirmavam, há apenas alguns anos, que estas drogas simplesmente não funcionavam para melhorar a performance atlética ou aumento da massa muscular. Fora do meio científico, há muito tempo atletas sabiam da eficiência destas drogas, mas apenas recentemente, após 30 anos de utilização, é que pesquisas confirmam que os esteróides anabólicos realmente tornam as pessoas maiores e mais fortes. Professores e doutores: sabemos que alguns de vocês perderam o trem da história e outros até caíram no chão; outros, ainda, se retrataram porque tiveram humildade para isto. É por isto que sempre recomendamos para que leiam artigos científicos atentamente, mas que observem os fatos empíricos também. A verdade de hoje pode ser a incorreção de amanhã. Pois bem, voltando ao GH, como terapia para o embelezamento e melhora na performance atlética, baseados no underground do culturismo, sabemos que esta droga, se administrada separadamente não produz efeito expressivo. Ela é utilizada, normalmente, em combinação com a insulina, e algum esteróide anabólico mais androgênico, bloqueadores de cortisol, além dos hormônios da tiróide. Hoje, em função de uma maior demanda, parece que a oferta desta droga se tornou maior, o que obviamente fez com que os preços, antes estratosféricos, baixassem substancialmente. Num passado não distante, era comum encontrar falsi- ficações, algumas grosseiras. Existiu um culturista na Inglaterra que fazia ciclos de GH totalmente de graça e ainda ganhava alguns trocos para comprar esteróides. O safado, tipo de gente que se encontra em qualquer lugar, administrava o GH e substituía o pó liofilizado por açúcar de confeiteiro e o líquido diluente por água destilada e revendia o produto por preço maior do que pagara pelo original. Existem falsificadores que substituem o liofilizado por HCG e lactose. Com a queda do preço do original, estas malandragens vêm sendo desestimuladas. O GH parece ter um efeito anabólico muito elevado apenas quando administrado em associação com outras drogas, especialmente com aquelas que tamponam a ação do cortizol. Alguns culturistas profissionais utilizam a associação do GH com os esteróides anabólicos e/ou com a aminoglutademida (Orimitene). Quando a dosagem do GH é mais elevada ou a pessoa apresenta tendência ao aumento da resistência à insulina, tende-se a aplicar insulina exógena em conjunto com o GH também. Normalmente dosagens maiores do que 4 UI por dia já requerem insulina; a utilização do hormônio da tireóide (T3) na associação parece completar a mágica. O T3 provoca diversas facilitações anabólicas como: aumento na secreção natural de GH, super regulação dos receptores de GH e IGF-1, e ação termogênica. Os desavisados talvez queiram exagerar na dose deste hormônio e poderão cair num abismo. É bom frisar que o T3 deve ser mantido em dose normal elevada e não em dose supra-fi- siológica. Um pouco a mais ou um pouco a menos pode ocasionar um profundo desequilíbrio homeostático no organismo, como aumento de gordura corporal rapidamente como ação rebote ao se descontinuar a droga, perda de massa muscular quando a dose é muito elevada, até o fechamento definitivo da produção natural de T3, tornando a pessoa dependente da droga pelo resto da vida. Só o exame laboratorial pode indicar o nível do T3: níveis até 450-480 pg/dl são aceitáveis. Assim, é possível um ótimo efeito sinergista, permitindo, ainda, ao atleta, ingerir mais calorias sem engordar, mantendo um percentual de gordura muito baixo. Vejam que o GH requer condições especiais para que faça efeitos positivos e expressivos. Doses menores parece trabalhar bem: aproximadamente 2 aplicações de 2 UI quatro dias na semana ,ou mesmo, doses de 2 UI cinco vezes por semana. Dosagens maiores parecem trabalhar melhor. Muitos profissionais em off season utilizam cerca de 2 X 3 UI (6 UI por dia) a 5 X 2 UI (10 UI por dia) durante 5 dias seguidos e 10 dias de intervalo. Normalmente nos dias de aplicação do GH utilizam cerca de 15 a 8 UI de insulina 15 minutos antes da aplicação do GH e cerca de 50 a 75 mcg de T3, obviamente acompanhado do ciclo de esteróides. (A insulina pode matar e o T3 pode torná-lo eternamente dependente da droga!!!) Um determinado Mister Olympia me confessou que utilizava uma única aplicação de GH por semana pois, segundo ele, após ter usado muito GH de forma convencional, provavelmente teria ocorrido em seu organismo tamanha super-regulação de receptores que uma única dose por semana já faria o milagre. Ele parecia sério a este respeito, o que somado à sua massa muscular, me levou a pensar. A mesma recomendação foi passada a um jovem culturista profissional, que em pouco tempo de carreira, se qualificou para o Olympia. Vejam que nestas informações do underground não existe quase nada de científico; talvez a dosagem única semanal tenha sido baseada em algumas propostas de tratamento contra o envelhecimento aplicado em geriatria, ou foi apenas em decorrência dos processos de tentativa e erro. En- fim, quem irá tentar? A responsabilidade deve ser individual e não coletiva; o que não podemos é ser tratados como eternos adolescentes oligofrênicos a quem nada pode ser revelado ou comentado. Sabe-se, nos bastidores da musculação, que se deve parar com a administração do GH de 3 a 4 dias antes da competição, pois este hormônio tende a reter líquido. Deve-se evitar a aplicação do GH nos horários em que ocorrem picos naturais, ou seja, de manhã cedo ao acordar, logo antes de dormir, ao contrá- rio do que muita gente pensa, e logo após o treino. Os melhores horários, normalmente coincidem com o meio do período da manhã, meio do período da tarde e uma hora após o treino. Observem que o GH é contra regulatório à insulina; ou seja, quando a insulina está baixa, o GH está elevado e vise-versa. Em hipoglicemia produzimos mais GH, mas quando a insulina está em alta, como logo após uma refeição, o GH estará baixo, ou seja, é uma boa hora para administrá-lo. Veja porque a insulina é utilizada quando se faz muito GH. Mulheres reagem bem com a metade da dosagem de GH, tal como acontece com os esteróides anabólicos? O GH pode apresentar alguns efeitos colaterais que podem colocar a vida em risco. Mesmo após a fase do crescimento, este hormônio pode fazer crescer alguns ossos mais planos que ainda apresentam resquícios de tecido cartilaginoso, como os ossos frontais, a mandíbula e as falanges. O crescimento ósseo e espessamento do tecido conjuntivo pode provocar a Síndrome do Túnel de Carpo. Existe, também, a associação de GH com a ocorrência de certos tipos de câncer. Como o GH causa resistência à insulina, também pode causar hipoglicemia e diabetes. De novo, por isto normalmente é utilizado com aplicações simultâneas de insulina, principalmente quando a dosagem é mais elevada. Tecidos vitais como o fígado, baço e coração também aumentam de tamanho, já que o hormônio age também na musculatura lisa, com exceção dos olhos e cé- rebro. Alguns fisiculturistas profissionais parecem estar grávidos, tamanha a protusão abdominal causada pelo óbvio abuso do GH. Imaginem se, além disso ficassem, zolhudos e cabeçudos ? Como podemos observar, o GH é um hormônio que necessita de muitos cuidados na sua administração em função de sua complexidade, sendo que, mesmo no underground da muscula- ção profissional existem diferentes sugestões nas formas de administração. Talvez o grande segredo esteja na correta associação e isto é algo muito individual em termos de dosagem e escolha das drogas. Acreditamos, que nesta altura do campeonato, já alertamos o suficiente quanto ao problema ocasionado pela auto-medicação. Mas vale a pena lembrar que drogas farmacológicas só devem ser dosadas e prescritas por médicos especialistas. O nosso objetivo é apenas informativo e jamais induzir à utilização de medicamentos.
No meio médico, o GH é conhecido como somatotropina, hormônio secretado pela glândula pituitária. Este é um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo humano, tendo funções como o crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso, influencia na textura da pele, estimula a lipólise e outros efeitos. O GH não atua diretamente sobre os tecidos e, sim, por intermédio da geração de um mensageiro que age causando a proliferação de tecidos ou em conjunto com outras substâncias. Esta família de mensageiros é chamada de insulin growth factors (IGFs). A secreção normal do GH no corpo humano é estimada entre 0.4 e 1.0 miligramas (mg) por dia em homens adultos. A produção ocorre durante as 24 horas do dia e pode ser estimulada por uma variedade de condições, entre elas: exercício físico (principalmente o de alta intensidade), o sono, estresse, algumas drogas como o Glucagon, L-Dopa, Propanalol, GHB e GABA e certos aminoácidos. O GH é rapidamente metabolizado no fígado e tem uma vida ativa no sangue de aproximada de 17 a 45 minutos, mais uma razão pela qual é, quase impossível detectar o GH em exames anti-doping. No meio esportivo, o GH é conhecido como uma espécie de droga de elite pelo seu alto pre- ço, mas também é cercado de incertezas quanto ao seu elevado poder anabólico e de “fritador de gorduras”. Talvez este último seja o principal motivo de tanto interesse recente entre mulheres e homens que treinam pesado. O GH também leva a fama de ser muito efetivo no fortalecimento do tecido conjuntivo, cartilagens e tendões, sendo muito popular entre alguns atletas de esportes que exigem muito destes tecidos. Existem muitas estórias de pessoas que conseguiram montanhas de músculos e consumiram quilos de gordura às custas do GH. Tenham a certeza de que estes comentários são muito exagerados; mas como normalmente onde há fumaça há fogo, alguma verdade existe nestas inúmeras estórias. Na verdade, a ciência não tem respostas precisas sobre como certos hormônios funcionam no corpo humano. A maioria dos estudos é realizada em animais e em culturas de laboratório, portanto, inconclusivos. Alguns estudos originais sobre esteróides anabólicos são verdadeiros compêndios de bobagens. Baseados nestes primeiros estudos, muitos profissionais afirmavam, há apenas alguns anos, que estas drogas simplesmente não funcionavam para melhorar a performance atlética ou aumento da massa muscular. Fora do meio científico, há muito tempo atletas sabiam da eficiência destas drogas, mas apenas recentemente, após 30 anos de utilização, é que pesquisas confirmam que os esteróides anabólicos realmente tornam as pessoas maiores e mais fortes. Professores e doutores: sabemos que alguns de vocês perderam o trem da história e outros até caíram no chão; outros, ainda, se retrataram porque tiveram humildade para isto. É por isto que sempre recomendamos para que leiam artigos científicos atentamente, mas que observem os fatos empíricos também. A verdade de hoje pode ser a incorreção de amanhã. Pois bem, voltando ao GH, como terapia para o embelezamento e melhora na performance atlética, baseados no underground do culturismo, sabemos que esta droga, se administrada separadamente não produz efeito expressivo. Ela é utilizada, normalmente, em combinação com a insulina, e algum esteróide anabólico mais androgênico, bloqueadores de cortisol, além dos hormônios da tiróide. Hoje, em função de uma maior demanda, parece que a oferta desta droga se tornou maior, o que obviamente fez com que os preços, antes estratosféricos, baixassem substancialmente. Num passado não distante, era comum encontrar falsi- ficações, algumas grosseiras. Existiu um culturista na Inglaterra que fazia ciclos de GH totalmente de graça e ainda ganhava alguns trocos para comprar esteróides. O safado, tipo de gente que se encontra em qualquer lugar, administrava o GH e substituía o pó liofilizado por açúcar de confeiteiro e o líquido diluente por água destilada e revendia o produto por preço maior do que pagara pelo original. Existem falsificadores que substituem o liofilizado por HCG e lactose. Com a queda do preço do original, estas malandragens vêm sendo desestimuladas. O GH parece ter um efeito anabólico muito elevado apenas quando administrado em associação com outras drogas, especialmente com aquelas que tamponam a ação do cortizol. Alguns culturistas profissionais utilizam a associação do GH com os esteróides anabólicos e/ou com a aminoglutademida (Orimitene). Quando a dosagem do GH é mais elevada ou a pessoa apresenta tendência ao aumento da resistência à insulina, tende-se a aplicar insulina exógena em conjunto com o GH também. Normalmente dosagens maiores do que 4 UI por dia já requerem insulina; a utilização do hormônio da tireóide (T3) na associação parece completar a mágica. O T3 provoca diversas facilitações anabólicas como: aumento na secreção natural de GH, super regulação dos receptores de GH e IGF-1, e ação termogênica. Os desavisados talvez queiram exagerar na dose deste hormônio e poderão cair num abismo. É bom frisar que o T3 deve ser mantido em dose normal elevada e não em dose supra-fi- siológica. Um pouco a mais ou um pouco a menos pode ocasionar um profundo desequilíbrio homeostático no organismo, como aumento de gordura corporal rapidamente como ação rebote ao se descontinuar a droga, perda de massa muscular quando a dose é muito elevada, até o fechamento definitivo da produção natural de T3, tornando a pessoa dependente da droga pelo resto da vida. Só o exame laboratorial pode indicar o nível do T3: níveis até 450-480 pg/dl são aceitáveis. Assim, é possível um ótimo efeito sinergista, permitindo, ainda, ao atleta, ingerir mais calorias sem engordar, mantendo um percentual de gordura muito baixo. Vejam que o GH requer condições especiais para que faça efeitos positivos e expressivos. Doses menores parece trabalhar bem: aproximadamente 2 aplicações de 2 UI quatro dias na semana ,ou mesmo, doses de 2 UI cinco vezes por semana. Dosagens maiores parecem trabalhar melhor. Muitos profissionais em off season utilizam cerca de 2 X 3 UI (6 UI por dia) a 5 X 2 UI (10 UI por dia) durante 5 dias seguidos e 10 dias de intervalo. Normalmente nos dias de aplicação do GH utilizam cerca de 15 a 8 UI de insulina 15 minutos antes da aplicação do GH e cerca de 50 a 75 mcg de T3, obviamente acompanhado do ciclo de esteróides. (A insulina pode matar e o T3 pode torná-lo eternamente dependente da droga!!!) Um determinado Mister Olympia me confessou que utilizava uma única aplicação de GH por semana pois, segundo ele, após ter usado muito GH de forma convencional, provavelmente teria ocorrido em seu organismo tamanha super-regulação de receptores que uma única dose por semana já faria o milagre. Ele parecia sério a este respeito, o que somado à sua massa muscular, me levou a pensar. A mesma recomendação foi passada a um jovem culturista profissional, que em pouco tempo de carreira, se qualificou para o Olympia. Vejam que nestas informações do underground não existe quase nada de científico; talvez a dosagem única semanal tenha sido baseada em algumas propostas de tratamento contra o envelhecimento aplicado em geriatria, ou foi apenas em decorrência dos processos de tentativa e erro. En- fim, quem irá tentar? A responsabilidade deve ser individual e não coletiva; o que não podemos é ser tratados como eternos adolescentes oligofrênicos a quem nada pode ser revelado ou comentado. Sabe-se, nos bastidores da musculação, que se deve parar com a administração do GH de 3 a 4 dias antes da competição, pois este hormônio tende a reter líquido. Deve-se evitar a aplicação do GH nos horários em que ocorrem picos naturais, ou seja, de manhã cedo ao acordar, logo antes de dormir, ao contrá- rio do que muita gente pensa, e logo após o treino. Os melhores horários, normalmente coincidem com o meio do período da manhã, meio do período da tarde e uma hora após o treino. Observem que o GH é contra regulatório à insulina; ou seja, quando a insulina está baixa, o GH está elevado e vise-versa. Em hipoglicemia produzimos mais GH, mas quando a insulina está em alta, como logo após uma refeição, o GH estará baixo, ou seja, é uma boa hora para administrá-lo. Veja porque a insulina é utilizada quando se faz muito GH. Mulheres reagem bem com a metade da dosagem de GH, tal como acontece com os esteróides anabólicos? O GH pode apresentar alguns efeitos colaterais que podem colocar a vida em risco. Mesmo após a fase do crescimento, este hormônio pode fazer crescer alguns ossos mais planos que ainda apresentam resquícios de tecido cartilaginoso, como os ossos frontais, a mandíbula e as falanges. O crescimento ósseo e espessamento do tecido conjuntivo pode provocar a Síndrome do Túnel de Carpo. Existe, também, a associação de GH com a ocorrência de certos tipos de câncer. Como o GH causa resistência à insulina, também pode causar hipoglicemia e diabetes. De novo, por isto normalmente é utilizado com aplicações simultâneas de insulina, principalmente quando a dosagem é mais elevada. Tecidos vitais como o fígado, baço e coração também aumentam de tamanho, já que o hormônio age também na musculatura lisa, com exceção dos olhos e cé- rebro. Alguns fisiculturistas profissionais parecem estar grávidos, tamanha a protusão abdominal causada pelo óbvio abuso do GH. Imaginem se, além disso ficassem, zolhudos e cabeçudos ? Como podemos observar, o GH é um hormônio que necessita de muitos cuidados na sua administração em função de sua complexidade, sendo que, mesmo no underground da muscula- ção profissional existem diferentes sugestões nas formas de administração. Talvez o grande segredo esteja na correta associação e isto é algo muito individual em termos de dosagem e escolha das drogas. Acreditamos, que nesta altura do campeonato, já alertamos o suficiente quanto ao problema ocasionado pela auto-medicação. Mas vale a pena lembrar que drogas farmacológicas só devem ser dosadas e prescritas por médicos especialistas. O nosso objetivo é apenas informativo e jamais induzir à utilização de medicamentos.
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